O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta sexta-feira (1º), no Rio, os países que, segundo ele, "dão palpite" sobre a Amazônia e desconhecem a realidade do Brasil.
"Eles [os países] falam como se fossem donos da Amazônia, mas temos consciência do que ela representa para a humanidade e para o Brasil. E o que precisa ser feito, vai ser feito", disse Lula durante a assinatura do decreto que intitui o Fundo Amazônia, na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Durante discurso, o presidente disse esperar que o fundo que vai captar recursos por meio de doações de entidades da sociedade civil, bancos, empresas nacionais e internacionais e também dos governos de outros países também possa divulgar as ações pela preservação da floresta.
"Daqui a pouco tem gente dizendo que tem cana na Amazônia. Mas posso dizer que venho de um país onde 80% da energia elétrica é limpa, 25% do etanol na gasolina já é colocado há muitos anos e que 64% de suas florestas estão de pé", disse.
Segundo Lula, nos dias 20 e 21 de novembro, o Brasil vai promover um grande encontro com embaixadores, técnicos, especialistas e governadores para discutir os efeitos do biocombustível no meio ambiente e a influência na Amazônia.
O presidente disse ainda que é preciso responsabilizar os países que são os maiores poluidores. No entanto, afirmou que não dá para responsabilizar sem saber o quanto poluem.
O presidente citou dados, que afirmou serem de 2005, sobre emissão de poluentes, segundo os quais, dos 28 bihões de toneladas emitidos naquele ano, os Estados Unidos seriam responsáveis por 21%, a China por 18% e o Brasil por 3,9%.
Intelectuais
Antes da assinatura dos atos, Lula teve um encontro reservado com cerca de 50 intelectuais, entre os quais o arquiteto Oscar Niemeyer, o jornalista Arnaldo Niskier, a economista Maria da Conceição Tavares, o historiador Luiz Felipe de Alencastro e a escritora Rose Marie Muraro.
Segundo a assessoria da Presidência da República, não houve uma pauta específica no encontro, que contou ainda com a participação dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), José Gomes Temporão (Saúde), Edson Santos (Igualdade Racial), Fernando Haddad (Educação), Sergio Rezende (Ciência e Tecnologia), Luiz Ducci (secretário-geral da Presidência), Nilcéa Freire (Política para Mulheres) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos).
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