Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou as oposições a travarem com ele um debate sobre ética e corrupção. Lula afirmou que quer fazer a discussão diante de uma platéia de sete governadores eleitos e reeleitos, ministros e jornalistas, durante reunião no Palácio da Alvorada.
"Vamos fazer o debate com a mesma gentileza que sempre fizemos. Quero dizer que nós queremos discutir profundamente ética, corrupção. Eu acho que o povo brasileiro merecia uma discussão melhor. Mas, se quiserem (as oposições) enveredar por aí, vamos discutir isso e colocar na mesa as coisas que precisam ser colocadas numa campanha em que as pessoas não têm argumento para debater política econômica, política social", afirmou. "Não tem argumento porque os estudos comparativos são mortais com relação aos oito anos do seu governo; obviamente, vai procurar outra coisa para fazer a disputa política."
Lula mostrou confiança e afirmou, mais uma vez, que não fez apenas políticas para a Região Nordeste, onde foi o mais votado em todos os nove Estados. "Muita gente da região centro-sul do país acha que nós fomos eleitos no Nordeste por causa da política social. A verdade é que no Sul nós temos mais política social, quantitativamente, nos estados mais populosos. Em São Paulo, por exemplo, o governo federal gasta, aproximadamente, R$ 2 bilhões por ano em política social", afirmou.
Os governadores aliados do presidente cobraram dele que vá para as ruas fazer a campanha do segundo turno. O governador eleito do Sergipe, Marcelo Déda (PT), foi o porta-voz dos colegas: "Quero fazer uma sugestão, quase em tom de atrevimento, se o sr. me permitir. Vamos para a rua, presidente! Vamos para a rua que o povo está ansioso para vê-lo outra vez."