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Governo

Lula descarta traje de gala em Londres

Brasília (AE) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vestirá white tie ao ser recebido para o banquete de gala oferecido pela rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, em Londres, no próximo dia 8 de março. Há cerca de 20 dias, diplomatas brasileiros apresentaram as resistências do presidente brasileiro em envergar o mais formal dos trajes civis masculinos e obteve do ultraconservador cerimonial da rainha britânica uma concessão. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Lula repetirá um gesto de julho de 2003 e vai se apresentar apenas de terno e gravata.

Em 2003, Lula trajava um terno escuro bem cortado, camisa branca e gravata listrada ao ser recebido pelo rei Juan Carlos no Palácio de Zarzuela, na Espanha. Na época, a resistência de Lula em apresentar-se em trajes a rigor provocou comentários. Até mesmo do rei lembrou a um assessor que todos os políticos esquerdistas costumavam driblar o cerimonial em sua primeira visita, mas depois se dobravam ao protocolo. Por enquanto, o presidente Lula parece ter acentuado sua determinação.

Nos três anos de mandato, o presidente Lula não se constrangeu em usar chapéus e bonés de entidades nacionais ou de vestir trajes folclóricos e tradicionais de países que visitou. Na última reunião de Cúpula da Governança Progressista, no início de fevereiro, em Pretória (África do Sul), o presidente Lula vestiu uma bata negra que ganhara do presidente Thabo Mbeki, sem importar-se de formar um "par de vaso" com o líder sul-africano, que trazia o mesmo modelo de bata preta. A única ressalva de Lula diz respeito aos trajes à rigor – praticamente em desuso no Brasil, mas que principalmente nos países europeus ainda é recomendável ou até compulsório em determinados eventos.

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