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Lula queria depor em sua casa. | Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo
Lula queria depor em sua casa.| Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

falsa polêmica

A força-tarefa da Lava Jato criticou a “falsa polêmica” sobre condução coercitiva de Lula.

Procuradores dizem que houve 117 mandados de condução coercitiva ao longo da operação sem questionamentos.

Ao receber uma equipe da Polícia Federal (PF) em seu apartamento, em São Bernardo do Campo (SP), às 6h da sexta-feira (4), o ex-presidente Lula disse que queria prestar seu depoimento em sua residência e que só sairia de lá algemado. Após conversar por telefone com seu advogado, Roberto Teixeira, no entanto, concordou em ser levado para o Salão Presidencial do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, em uma viatura descaracterizada — e sem algemas.

As informações constam de documento assinado pelo delegado da PF Luciano Flores de Lima, endereçado ao juiz Sergio Moro e anexado no domingo (6) ao processo. Lima chefiou a equipe que cumpriu o mandado de condução coercitiva expedido contra Lula. O delegado também conta que parlamentares tentaram forçar entrada na sala onde o ex-presidente prestou depoimento, no aeroporto, e que a defesa de Lula gravou as três horas de depoimento.

O delegado afirma, no documento, que chegou ao apartamento do ex-presidente às 6h e que foi o próprio Lula quem abriu a porta. Após escrever que entregou os mandados de busca e apreensão para que Lula lesse, o delegado relata um breve diálogo que teve com o ex-presidente: “Informei ao ex-presidente Lula que deveríamos sair o mais rápido possível daquele local, em razão da necessidade de colhermos suas declarações, a fim de que sua saída do prédio fosse feita antes da chega de eventuais repórteres e/ou pessoas que pudessem fotografar ou filmar tal deslocamento.”

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