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Brasília – Cercado de peemedebistas de Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a proposta do candidato do PSDB à Presidência da República Geraldo Alckmin representa o desmonte do estado brasileiro.

Para o petista, Alckmin representa um projeto que em oito anos "demoliu" o setor público, não deu reajuste para os servidores, fez ajuste fiscal à custa do "sacrifício do povo" e que penalizou os trabalhadores que ganham salário mínimo.

Em oposição, o seu projeto, afirmou o presidente, fez o ajuste fiscal em cima do crescimento e do controle da inflação, combinou crescimento das exportações com desenvolvimento do mercado interno e compatibilizou crescimento com controle da inflação, priorizando a inclusão social.

"Esses dois projetos estão em jogo. Um projeto que atende aos interesses de pequenos grupos econômicos e um projeto que atende aos grandes interesses da sociedade brasileira", disse.

Lula comparou a campanha eleitoral ao jogo de truco, tradicional em Minas, afirmando que o candidato não deve blefar durante todo o tempo sob risco de perder a disputa.

Depois de convocar os mineiros a reforçarem a campanha do segundo turno, Lula afirmou que vencerá as eleições sem blefar e sem apelar para gestos de demagogia, mas com tranqüilidade, a maturidade e a sobriedade na campanha eleitoral.

Apoio mineiro

O presidente recebeu representantes do PMDB mineiro, incluindo dirigentes do partido, prefeitos, deputados estaduais e federais, que declararam apoio a sua reeleição.

Na companhia do vice José Alencar e dos ministros mineiros Patrus Ananias (Desenvolvimento) e Hélio Costa, Lula, bem humorado e sorridente, ao contrário de segunda-feira à tarde, quando não disfarçava seu desconforto com o resultado do debate de domingo à noite.

"Todo bom jogador de truco sabe que não adianta blefar o jogo inteiro, porque chega uma hora e toma um seis pelo meio da mesa e joga as cartas fora. Um bom jogador de truco tem de ser cuidadoso, blefar o menos possível e, na hora em que gritar truco, tem de gritar com a certeza de que pode tomar um seis no meio testa", disse Lula.

O presidente convocou o PMDB a trabalhar dobrado neste segundo turno.

E ele próprio deu o exemplo: Lula ontem só teve um compromisso oficial: audiência com o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência). O resto do dia se dedicou-se a cuidar da campanha.

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