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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou seu programa de rádio semanal, o "Café com o presidente", que foi ao ar na manhã desta segunda-feira (8), com uma mensagem para as pessoas que têm parentes desparecidos após acidente com o voo 447 da Air France, no início da semana passada. Ele disse que o governo irá se empenhar em encontrar todas as vítimas.

"O governo vai continuar fazendo esforço, através da Marinha, Aeronáutica, para encontrar, se possível, todos os corpos. Sabemos o que significa para uma família receber o seu ente querido desaparecido. Por isso, nós vamos fazer tudo o que estiver ao alcance para encontrarmos tudo o que for possível, principalmente os corpos, porque nesse momento de dor não vai resolver o problema, mas já é um conforto para a família saber que está enterrando o seu ente querido", afirmou.

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Abrindo portas

Lula falou também sobre sua recente viagem pela América Central. Ele considerou importante a aproximação com El Salvador, Guatemala e Costa Rica, e admitiu que a intenção é usar alguns países para abrir portas para produtos e serviços brasileiros nos Estados Unidos.

"A ida a El Salvador foi para prestigiar a posse do presidente Maurício Funes, uma conquista dos setores progressistas da sociedade latino-americana. É um avanço para a democracia na América Latina", disse o presidente.

A viagem à Guatemala teve um outro peso. "Temos parceria na construção de políticas públicas. Muitas das coisas que aplicamos aqui, o presidente Colom está aplicando na Guatemala, como o Bolsa Família, o Restaurante Popular, o Escola Aberta. É importante que a gente construa parceria, sobretudo na área do biocombustível, para que a gente possa, através deles, vender o etanol brasileiro aos EUA", afirmou Lula.

A política de boa vizinhança com a Costa Rica deve ajudar, segundo Lula, na descoberta de um caminho alternativo e indireto para entrar na economia dos EUA. "Há uma possibilidade imensa da exportação da engenharia brasileira, de serviços para construir estradas, aeroportos, hidrelétricas. É sempre uma porta aberta para que o Brasil possa adentrar os EUA com produtos que são taxados, se forem vendidos diretamente do Brasil".

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Cuba

O presidente também repetiu o discurso de contentamento com a nova posição da Organização dos Estados Americanos (OEA) com o governo de Cuba. "É importante, porque a OEA fez um reparo numa decisão tomada em 1962. Há muito tempo Cuba está afastada. Foi uma decisão de consenso. Se os cubanos vão entrar ou não é outra história".