Em uma reunião on-line, Lula afirmou que o governo precisa convencer a população sobre a eficácia das vacinas, entre elas as substâncias utilizadas contra a Covid-19, e cobrar que as lideranças evangélicas ajudem nessa tarefa. A fala aconteceu em um encontro do Grupo Técnico de Saúde, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (24), na qual Lula participou por vídeoconferência, de São Paulo (SP). Segundo ele, é necessário cobrar das igrejas apoio às campanhas de vacinação e que irá responsabilizar as instituições pelas mortes, caso não ajudem.
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"Eu pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas: 'Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?' Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas", disse Lula, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. A equipe de transição defende nova campanha de vacinação imediata da população contra Covid-19, com imunizante bivalente da Pfizer.
Recentemente, médicos apresentaram um ofício ao Conselho Federal de Medicina (CFM), reunindo diferentes pesquisas científicas, pedindo uma análise mais criteriosa dos efeitos negativos das vacinas contra a Covid-19, como a miocardite. O CFM ainda não se pronunciou sobre o documento.
Sobre as vacinas, Lula ainda destacou que a recuperação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) será primordial nos primeiros cem dias de seu governo, com o intuito de aumentar a cobertura vacinal e restaurar a confiança da população na vacinação. Ele não informou se as vacinas contra a Covid-19 farão parte do PNI - hoje, elas não estão incluídas oficialmente no programa. Ele evidenciou que muitas pessoas que combateram a vacina contra a Covid-19 agora terão que pedir desculpas.
Durante a reunião, Lula afirmou também que será necessário enfrentar a “burocracia da máquina pública” e que o “povo está muito sofrido”. Algumas das preocupações, de acordo com ele, é levar médicos ao interior do Brasil e autismo. Mas prometeu que não faltará recurso para a área.
Lula (PT) ainda evidenciou que nos próximos dias deverá escolher os ministros do próximo governo. A reunião contou com a presença de cinco ex-ministros da Saúde: o senador Humberto Costa, o deputado federal Alexandre Padilha, Arthur Chioro, José Gomes Temporão e José Agenor.
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