São Paulo O baixo desempenho da economia brasileira, os escândalos de corrupção e a proeminência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, como interlocutor da esquerda na América Latina, custaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liderança na região, segundo reportagem de ontem da revista inglesa "The Economist".
Lula "perdeu um pouco do brilho" que tinha quatro anos atrás, diz o texto, quando, ao ser eleito presidente, "parecia destinado a se tornar o porta-voz de uma América Latina nova, mais confiante e mais justa". Para o periódico, os escândalos de corrupção no Brasil ofuscaram a imagem do presidente.
O texto cita os casos de compra de apoio parlamentar descoberto no ano passado, conhecido por mensalão, e da tentativa de membros do PT de comprar um dossiê para influenciar as eleições desse ano, além da queda do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci suspeito de pedir a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que o contradisse na CPI dos Bingos.
A economia brasileira foi outra "decepção", diz a reportagem, com um crescimento médio de 2,8% ao ano no governo Lula.
Os investimentos no país são prejudicados pela falta de infra-estrutura, pela incerteza das regulamentações e pela carga fiscal, diz o texto.
A reportagem destaca a "ingenuidade" da política externa de Lula, visível no apoio do Brasil à candidatura da Venezuela a uma das duas vagas rotativas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), retribuída com a ajuda do presidente Hugo Chávez para "humilhar" o Brasil na Bolívia, no caso da nacionalização do setor de hidrocarbonetos pelo governo boliviano.
A inclusão da Venezuela no Mercosul, acrescenta ainda o texto, foi uma medida "de visão curta" e "um agrado de Lula à esquerda de seu partido", que discorda de suas políticas econômicas.
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