Brazzaville (República do Congo) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem o perdão da dívida da República do Congo com o Brasil. A dívida está orçada em US$ 400 milhões. Lula propôs que, em contrapartida, parte dos recursos seja investida numa linha de financiamento para que empresas brasileiras façam obras de infra-estrutura no país.
Indagado se não considerava polêmica a proposta, uma vez que haveria transferência de crédito público para empresas privadas, Lula respondeu que o perdão, com a contrapartida do governo do Congo, ajuda a desenvolver os dois países. "Não, não vejo polêmica alguma. O mundo da tecnologia brasileira vai ganhar, o Brasil vai ganhar, o Congo, as empresas brasileiras e o povo também", disse.
Depois de assinar uma série de acordos com o presidente da República do Congo, Denis Sassou, Lula voltou a criticar os países ricos e organismos internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Os países ricos precisam parar de tratar os países pobres como se fossem pedintes. Queremos fazer um grande acordo", afirmou.
Dirigindo-se a Denis Sassou, Lula disse que mais importante que assinar dezenas de acordos é cumpri-los. "Muitas vezes, no campo internacional, os acordos são assinados, mas não são cumpridos. Morremos e continuam as intenções. Não somos um país rico. Não temos a quantidade de dinheiro que gostaríamos de ter, mas temos a alma de solidariedade como poucos países no mundo têm", disse o presidente.
Ainda ontem, o presidente seguiu para a África do Sul. Hoje à noite, vai para Angola, última parada nesta sétima visita de Lula à África.
Uma falha técnica obrigou o avião do governo que transportava empresários e jornalistas a retornar ao Aeroporto Internacional Maya Maya, em Brazzaville. Um terceiro aparelho, que retornaria ao Brasil ainda ontem, levaria os empresários e repórteres a Johanesburgo. O Airbus da administração federal, no qual viaja o presidente Lula, não enfrentou qualquer dificuldade.
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