Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu ontem que poderá assumir o segundo mandato, em primeiro de janeiro de 2007, sem completar a montagem do Ministério. Em reunião de três horas com a direção nacional do PT, Lula revelou que não tem pressa. "Trocar nomes é decorrência", disse. Antes da definição da equipe, ele prefere concluir as medidas para alavancar o crescimento e desatar os "nós" do setor de infra-estrutura, suas principais fontes de "preocupação e angústia".
Outra prioridade é montar o governo de coalizão com os partidos que apoiaram sua reeleição.
"Não preciso tomar posse no dia primeiro com todos os ministros nomeados. Posso tomar posse sem ter mudado ninguém", afirmou Lula, segundo relato da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
A nova estratégia contrasta com a expectativa de que o presidente concluiria a escolha do Ministério até a segunda quinzena de dezembro. "Minha pressa não é por nomes, mas por propostas e diretrizes para o segundo mandato; e com o objetivo de montar o governo de coalizão", completou.Segundo Lula, diferentemente de 2003, quando precisou nomear o Ministério antes da posse, agora ele pode assumir "sem mudar nada". "O presidente Lula não está com pressa", insistiu a líder No entanto, Lula reafirmou que quer "ousadia" e prometeu ter um contato "mais próximo e permanente" com os políticos.
Governabilidade
Lula ponderou que é necessário garantir a governabilidade. E se comprometeu a participar da reunião do diretório nacional do partido marcada para os dias 25 e 26 deste mês em São Paulo. O presidente advertiu que os petistas devem compor com os outros partidos, não só os aliados de primeira hora, como também aqueles que o apoiaram no segundo turno. "Todos terão espaço justo e devido no governo", disse Ideli Salvatti, que havia pedido a conversa com o presidente para pedir a devolução do cargo de líder do governo no Senado para o PT.
Reuniões
Mais conciliadora depois da reunião com Lula, a líder petista afirmou que a estratégia não é aritmética. Pelo roteiro traçado pelo presidente, ele só abriu as conversas institucionais com os partidos depois de fazer sucessivas reuniões com a equipe econômica e com o setor de infra-estrutura, nos últimos dias, para definir propostas. Agora, já está na hora de montar a coalizão e buscar o compromisso político para viabilizar a aprovação das medidas.
O primeiro encontro ontem foi com o comando petista. Na semana que vem, outros partidos serão convidados. Além do PMDB, o presidente deve chamar também o PDT, já que setores do partido apoiaram sua reeleição. Se não está ansioso para montar a nova equipe, Lula disse ter pressa, contudo, no realinhamento de sua base parlamentar no Congresso. Ele quer saber com quem realmente pode contar, pois não deseja trabalhar no varejo da política a partir de 2007.
Propostas
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, foi designado para receber as propostas para o crescimento do PT. No entanto, Lula não disse se ele será mantido no cargo. Depois de fazer uma longa exposição sobre a situação econômica e os problemas de infra-estrutura, afirmou ser essas suas principais preocupações. Ele reclamou das dificuldades na aplicação de recursos na melhoria de projetos na área social e investimentos públicos. Segundo Ideli Salvatti, o presidente questionou por que os títulos da Dívida Agrária não são utilizados na reforma agrária e disse desconhecer os motivos da falta de saneamento apesar da existência de recursos.
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