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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer ontem que enviará uma proposta de reforma tributária ao Congresso até o dia 30. O presidente participou da abertura do 25.º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha e da 34.ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, em Blumenau (SC).

"Ver se a gente consegue ter, não a carga tributária e a política tributária ideal, mas aquela que seja factível, possível com as necessidades dos governadores, prefeitos, do governo federal e de suporte da sociedade brasileira", disse.

A promessa de reforma tributária faz parte das negociações do governo com a base para obter o apoio dos aliados na votação da proposta de emenda constitucional que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. Além da reforma tributária, o governo prometeu reduzir em 0,02 ponto porcentual a alíquota da CPMF – hoje em 0,38% – de 2008 a 2011.

Na semana passada, Lula já havia prometido enviar a proposta de reforma tributária ao Congresso ainda neste mês de novembro. Na ocasião, Lula disse que a idéia é simplificar a cobrança de impostos.

O presidente afirmou ainda que poderá reunir representantes sindicais antes de enviar o texto final ao Congresso. "Precisamos acabar com essa história de que a política tributária interessa apenas aos governadores, prefeitos e empresários. Sobretudo interessa aos trabalhadores porque está embutido um grande montante de dinheiro que vai para política social. É importante fazer um debate de toda a sociedade", afirmou Lula na semana passada.

Comércio

No evento em Blumenau, Lula criticou os Estados Unidos por não diminuírem os subsídios agrícolas (ajuda financeira que concedem aos seus agricultores), o que dificulta o comércio de produtos das nações pobres e atravancam as negociações na Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo o presidente, nos últimos dois anos, os Estados Unidos concederam US$ 11 bilhões em subsídios agrícolas e a perspectiva dos norte-americanos é aumentar esse valor para US$ 16 bilhões nos próximos anos. "Por tudo que aprendi de matemática, não tem diminuição de subsídio aí", ressaltou.

Lula defendeu que o Brasil, como maior economia da América do Sul, deve ajudar os vizinhos pobres da região, assim como os países ricos da União Européia fizeram com os mais pobres do continente europeu que ingressaram no bloco.

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