O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer informações mais detalhadas sobre a situação no Haiti e saber como o governo brasileiro pode ampliar sua cooperação. Por isso o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, viaja na madrugada de amanhã (26) para Porto Príncipe. O general deverá passar menos de 12 horas no país caribenho, mas pretende analisar minuciosamente o que ocorre no local, devastado por uma série de abalos sísmicos, e preparar um relatório para o presidente.
A decisão de enviar Félix ao Haiti foi tomada hoje (25) durante reunião do grupo de gabinete de crise que se reúne para discutir providências sobre o país. Desde o último dia 13, o militar é coordenador-geral do grupo, que engloba militares e diplomatas. Em várias reuniões, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também participou.
Desde o dia da tragédia no Haiti (12), várias autoridades brasileiras já estiveram no país vizinho, como os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Relações Exteriores, Celso Amorim, além do comandante do Exército, Enzo Peri, e representantes da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Na manhã de hoje, começou em Montrel (Canadá) a Conferência Mundial Sobre a Reconstrução do Haiti. Amorim representa o Brasil ao lado de nomes dos países latino-americanos, da Europa e dos Estados Unidos. No começo da reunião, o primeiro-ministro do Haiti, Jean Jax Bellerive, apelou por um apoio integral de todos os países no esforço de reconstruir seu país.
A Coordenação para Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que há cerca de 800 mil sobreviventes abrigados em campos improvisados em Porto Príncipe (capital do Haiti). De acordo com o órgão, aproximadamente 240 mil pessoas já deixaram a capital, depois do terremoto do último dia 12.
Pelos cálculos da ONU, 112.250 pessoas morreram nos tremores e 194 mil ficaram feridas.