Brasília Na busca de apoio para aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) vai intensificar as negociações com o PTB. A ordem de reconquistar o partido, que deixou o bloco governista no Senado, foi dada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Primeiro (é preciso) cuidar da casa, para depois sair para rua", disse Múcio, que se reuniu ontem com Lula, pela primeira vez, como ministro.
Múcio afirmou que já conversou informalmente com vários deputados e senadores, mas quer avançar nas negociações.
O novo ministro marcou para terça-feira um jantar com as bancadas do PTB no Senado e na Câmara. A idéia é conversar com os petebistas, ouvir seus apelos e avaliar a possibilidade de atender a todos os pleitos. O objetivo é abrir caminho para negociar o retorno do partido ao bloco governista e reverter os votos contrários dos petebistas à CPMF.
Quinta-feira, o PTB anunciou a decisão de deixar o bloco governista no Senado. Paralelamente, o presidente nacional da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), atua para que os seis senadores fechem questão contra a prorrogação da contribuição.
A reportagem apurou que o esforço do ex-deputado é para afastar seu partido da base aliada. Por enquanto, a tendência é de o PTB optar por liberar a bancada, permitindo que cada senador vote como quiser. Isso também atrapalha os planos do governo, pois a oposição também atua para atrair os insatisfeitos da bancada.
O presidente Lula começou a ofensiva junto aos governadores do PSDB para aprovar a prorrogação da CPMF. Em conversa com o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), Lula fez um apelo para tentar influenciar os senadores. "É preciso que os governadores encontrem um mecanismo de diálogo com o partido", disse Lima.
Adotando um discurso de críticas à bancada de senadores semelhante ao que o presidente fez na semana passada, o governador da Paraíba afirmou que o partido está numa posição contraditória em relação à CPMF.
"A falta de sintonia da bancada no Senado com os governadores é preocupante. A bancada está errada e faz ouvidos de mercador", ressaltou, para acrescentar que, se o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) tivesse sido eleito em 2006 presidente, não estaria contra a contribuição.
As pressões de Lula sobre os governadores foi, prontamente, rebatida pelo presidente nacional da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), que quinta-feira ouviu mais uma vez dos governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), posições favoráveis à manutenção do imposto.
"O maior erro do presidente Lula é tentar dividir e cooptar, isoladamente, os governadores. Cada vez que faz isso, aumenta a nossa reação", afirmou Jereissati. A cúpula tucana jantou quinta-feira num hotel de Brasília e, mais uma vez, os senadores manifestaram que a bancada não pode recuar e está decidida a assumir uma postura de oposição mais firme.
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