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Inclusão

Lula quer saber se governo cumpre cotas para deficientes

Brasília – Durante a cerimônia do lançamento do plano social de inclusão da pessoa com deficiência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, que faça uma blitz no governo, começando pelo Palácio do Planalto, para saber se está sendo cumprida a lei que determina que o poder público deve reservar 5% das vagas para deficientes.

Mostrando que não tem o dedo mínimo da mão esquerda, ele brincou com o público presente na cerimônia ao dizer que o presidente também tem uma pequena deficiência, o que não o impedia de exercer o mandato.

"Eu também sou deficiente, mas isso não é necessariamente impeditivo, posso exercer meu mandato", disse o presidente.

Para Lula, é imperativo que o poder público cumpra a lei para que possa cobrar de outras entidades que façam o mesmo.

"Na hora em que a gente cumprir com a nossa obrigação, certamente nós teremos muito mais autoridade moral para exigir que cada cidadão brasileiro cumpra com a sua", discursou.

O presidente disse que perguntou a um assessor, antes de participar da solenidade, quantos funcionários com deficiência trabalhavam no Planalto, mas o auxiliar não soube lhe responder. "Certamente não tem, porque se tivesse saberiam", afirmou Lula.

O governo pretende investir R$ 2,4 bilhões, até 2010, na ampliação dos programas em educação, saúde, habitação, transporte e na acessibilidade das pessoas com deficiência que, segundo o IBGE, somam cerca de 24,6 milhões de brasileiros. O programa prevê, entre outros pontos, investimentos em infra-estrutura de transporte para adequá-la aos deficientes, incentivos à distribuição de próteses, melhorias em escolas para este público e ações de qualificação para facilitar o acesso ao mercado de trabalho pelos portadores de deficiências.

O presidente disse que gostaria de terminar seu mandato cumprindo com o "processo de reparação que este país tem que fazer". E, de forma inédita, admitiu que não foi ele quem começou a fazer mudanças sociais.

Consciência

"Eu sei que a gente não vai conseguir fazer tudo, eu sei que eu não comecei e eu sei que eu não vou terminar, Paulinho, mas eu quero ter a consciência tranqüila de que no nosso mandato nós fizemos o que era possível, e até quase o impossível, para que a gente pudesse aperfeiçoar as conquistas da sociedade brasileira."

"A lei nós já temos (...) A pergunta que eu me faço é se nós mesmos estamos cumprindo isso. Essa é uma pergunta que me inquieta, porque se eu não sou capaz de educar a minha família, muito mais difícil será eu tentar educar a família dos outros’’, afirmou o presidente.

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