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Ponta Grossa – O plantio da safra 2005/2006 não começou, mas o escoamento da produção já preocupa os agricultores da região dos Campos Gerais que dependem das estradas rurais. As vias de acesso às cidades estão em péssimas condições, prejudicando o trânsito de caminhões. Ontem, reunidos com representantes da prefeitura de Ponta Grossa e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), eles pediram um plano de obras para as três principais estradas rurais da região.

De acordo com a Sociedade Rural dos Campos Gerais são aproximadamente mil quilômetros que precisam de obras. Neste trecho estão concentradas as fazendas mais produtivas da região. Somente os 50 quilômetros da estrada do Kalinoski, que liga Ponta Grossa a Teixeira Soares, concentram 60 propriedades que chegam a produzir 2,8 milhões de sacas de soja, ou 33,3 mil toneladas de grãos.

Sandra Queiroz, proprietária de duas fazendas na estrada, mostra-se preocupada com as condições da passagem. Devido ao estado precário, hoje, ela é forçada a rodar uma hora a mais por estrada de terra para levar sua produção à uma cooperativa. O caminho mais prático seria em direção a Teixeira Soares, a 18 quilômetros de sua propriedade, percorridos em 40 minutos. Mas buracos, valetas e lama deixam o trecho praticamente intransitável e ela se vê obrigada a percorrer mais 40 quilômetros da estrada de chão, em sentido contrário do que deveria seguir. Com isso, o trecho é feito em quase duas horas.

"Estamos na fase de colocar calcário nas propriedades para preparar a terra. Nesta fase, o trânsito de caminhões aumenta, piorando ainda mais a situação", conta Sandra. Segundo ela, em dias de chuva, a passagem fica impossível e os veículos que se arriscam ficam atolados.

Este ano, as máquinas da prefeitura de Ponta Grossa estiveram somente uma vez fazendo a manutenção nas estradas rurais do município. O secretário de Obras, Olímpio Malucelli Filho, afirma que a prefeitura não tem condições de conservar as vias sem ajuda do governo estadual. Faltam máquinas e recursos.

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