Maçãs estragadas: frutas seriam servidas a 420 alunos como sobremesa| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Sob suspeita

Veja o histórico de problemas com a merenda na rede municipal de Londrina:

Janeiro - Uma escola do município diz ter recebido da SP Alimentos carne em condições impróprias para servir aos alunos. Uma investigação é aberta.

Fevereiro - A comissão que analisa a merenda diz ter encontrado irregularidades no contrato, atraso na entrega de alimentos e substituição de itens sem autorização do município.

Março - A Escola Eugênio Brugin, que recebeu a carga de maçãs estragadas, diz ter outras reclamações contra o serviço da empresa SP Alimentos. Os problemas serão levados à prefeitura.

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Londrina - Uma carga de maçãs podres trouxe à tona novamente, ontem, os problemas da merenda escolar em Londrina. A Escola Municipal Eugênio Brugin, na zona sul da cidade, denunciou que a SP Alimentos, empresa responsável pela distribuição da merenda, entregou frutas sem a menor condição de consumo. Aproximadamente 420 alunos ficaram sem a fruta, que seria servida como sobremesa. A carne entregue nas escolas de Londrina já havia sido alvo de denúncias (veja ao lado).

Segundo o diretor da escola, Júlio Cezar Gomes, mais de 80% das frutas estavam visivelmente estragadas. "Eram frutas que nem os animais comeriam", disse. O diretor afirma que entrou em contato com a empresa para avisar das condições das frutas. A solução apontada por uma funcionária foi a de servirem as que estavam boas. "Mandei suspender e não servir para ninguém, pois iria faltar para a grande maioria das crianças", disse.

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De acordo com Gomes, nas últimas semanas a escola já tinha registrado problemas com a merenda. Segundo o diretor, a empresa muitas vezes entregava alimentos insuficientes. "Na sexta-feira, a empresa tinha que entregar 12 quilos de carne, mas deixaram apenas uns sete quilos na escola. Assim, a merenda ficou comprometida", afirmou.

A SP Alimentos afirmou que as maçãs deveriam ter sido entregues na tarde de segunda-feira, porém a direção teria se recusado a receber as frutas durante o horário do intervalo. A empresa disse que as frutas foram recolhidas e entregues na manhã seguinte, mas o calor teria feito as maçãs estragarem. A escola diz que não foi procurada para receber a carga no dia anterior.