Rio de Janeiro - A procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia de Santana Gomes, 57 anos, foi acusada pela polícia de agredir, no último dia 15, a filha adotiva de 2 anos em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro. A delegada titular da 13.ª DP, Monique Vidal, informou ontem que aguarda o laudo do exame de corpo de delito da menina para saber se o caso pode passar a ser investigado como crime de tortura.
O caso foi registrado na delegacia de Ipanema como crime de maus-tratos, após uma denúncia. A polícia abriu um inquérito para investigar as marcas de espancamento no corpo da criança e já começou a ouvir testemunhas. De acordo com a polícia, quatro ex-funcionários da procuradora aposentada já prestaram depoimento e confirmaram as agressões. No dia 15, uma equipe da Vara da Infância, acompanhada de uma juíza, uma promotora e oficial de Justiça, foi à casa da procuradora. Machucada, a menina foi levada para um hospital municipal.
De acordo com o Ministério Público Estadual, o auto de inspeção judicial aponta que a aposentada agredia a criança, que estava sob sua guarda provisória, com socos, tapas e objetos cortantes. O Conselho Tutelar informou ainda que, no dia em que foi constatada a agressão, a criança estava no chão do terraço onde fica o cachorro de Vera Lúcia. Com os olhos inchados, ela precisou ficar três dias internada. "A criança foi encontrada em péssimas condições. Muito machucada, assustada e sem noção do que estava acontecendo. Ela estava com hematomas nos olhos e um corte na testa", afirmou um dos profissionais que foram ao apartamento.
Por ordem da Justiça, a procuradora perdeu a guarda provisória da menina e foi suspenso o pedido de adoção definitiva. A criança foi transferida para um abrigo, onde recebe assistência psicológica. Para conseguir a guarda provisória, a procuradora passou por um rigoroso processo que durou um ano, com reuniões e avaliação psicológica.
Defesa
O advogado Jair Leite Pereira, que defende a procuradora, afirmou na tarde de ontem que sua cliente nega as acusações. "Ela é uma mulher de temperamento forte, mas é contra qualquer violência física. Ela nega ter agredido essa menina ou qualquer outra pessoa. Ela diz que impõe a vontade dela para poder educar", afirmou o advogado à reportagem.
"A menina caiu em casa. Ela tem comprovante disso. Uma das empregadas domésticas é testemunha e vai depor. Ela viu a menina cair em casa, machucar a testa e os lábios", disse o advogado, para quem sua cliente está sofrendo uma retaliação de empregados que dispensou dois dias antes de receber a vistoria do Conselho Tutelar.
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