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A mãe da menina Lavínia Rabech da Rosa, de 9 anos, encontrada morta em casa com sinais de estrangulamento no fim de semana, em Curitiba, confirmou à Polícia Civil na tarde de ontem que consumia drogas e estava em casa na hora em que a filha morreu. Em depoimento, três vizinhos afirmaram que a mãe, a papeleira Maura da Rosa, usava crack diariamente com o principal suspeito do assassinato, o andarilho Mariano Torres Ramos Martins, de 45 anos. Maura não quis falar com a imprensa. Essa é a terceira versão que ela dá à polícia.

O suspeito teria bom relacionamento com a família e era visto constantemente comprando doces para as crianças. Maura dava comida para Martins e supostamente consumia crack com ele no banheiro da casa, segundo os depoimentos. O padrasto de Lavínia, Mario Luiz de Castro, não concordava com a relação e saía de casa. Foi o que teria acontecido na noite da morte de Lavínia.

O delegado Rogério de Castro, que comanda as investigações do caso, afirma que a mãe não é suspeita do crime. "Apesar de consumir drogas, os vizinhos dizem que ela jamais foi violenta com suas filhas, nem em seus estados mais alterados de consciência", diz. Maura levava todos os dias a filha para o colégio, o quê, segundo o delegado, corrobora com a tese dela ser uma mãe "carinhosa".

A noite do crime

As investigações agora apontam para uma nova hipótese do que teria acontecido noite em que Lavínia morreu. Por volta das 19 horas, Martins teria tentado entrar na casa de Maura para consumir drogas, mas teria sido impedido pelo padrasto. Pouco depois, Mario teria ido a um bar.

Em seguida, Maura chamou Lavínia, que brincava com uma amiga na casa de uma das vizinhas – e que deu depoimento para a polícia nesta tarde –, para tomar banho e dormir. Depois das 20 horas, com Mario no bar e Lavínia em casa, Martins voltou à casa para consumir crack com a mãe da criança.

Entorpecido, o padrasto teria retornado e ido direto para seu quarto. Ele dormia em um cômodo separado de Maura, Lavínia e outra filha, de 5 anos. "O crime aconteceu entre as 20 horas e a meia-noite", afirma o delegado. Pouco antes da meia-noite, Maura foi vista por vizinhos gritando que iria matar o andarilho, com uma faca de cozinha nas mãos. Segundo a polícia, a mãe estava em casa no momento da violência.

O corpo da menina foi encontrado com marcas de estrangulamento. A versão de que o suspeito teria sido encontrado embaixo da cama dormindo não procede, segundo a polícia.

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