O julgamento dos réus Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro Bruno Fernandes, e da ex-namorada do jogador Fernanda Castro foi retomado após duas horas e meia de paralisação com o depoimento da mãe da vítima Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura.
Ela é testemunha da defesa de Macarrão, que defende a tese de que Eliza pode estar viva porque já ficou desaparecida em outra época.
O advogado de Macarrão, Leonardo Cristiano Diniz, disse que o seu interesse em convocar a mãe de Eliza como testemunha é para ela esclarecer declarações que dera a um órgão de imprensa sobre um desaparecimento da filha por vários meses."Eu a arrolei para que ela explique isso melhor, fale quando ocorreu esse longo desaparecimento da Eliza", disse o advogado.
Em dois depoimentos da mãe dados em 2010 à polícia e ao Ministério Público, ela afirmou que Eliza ficou desaparecida de 2005 a novembro de 2006, quando buscou ajuda de um rapaz que a localizou em São Paulo por meio do Orkut. Na ocasião, ela tinha 21 anos.
A defesa dos réus tem sustentado que Eliza não está morta, até porque não há nenhuma prova e o corpo não foi encontrado. Alguns advogados afirmam que ela fugiu para outro país. A defesa de Macarrão quis reforçar esse argumento.
Durante a leitura dos depoimentos, a mãe de Eliza chorou.
Ao iniciar a sua interpelação, o advogado de Macarrão explicou que entende a dor dela e a deixou à vontade para não responder se não quiser. Ele foi breve. Questionou sobre o sonho da filha, e ela respondeu que sempre quis ser modelo.
E ao pedir para ela explicar sobre o desaparecimento da filha, ela disse: "Ela esteve ausente de mim por oito meses, mas não que tenha sumido, porque ela estava nas redes sociais. Por isso ela não estava sumida", afirmou Sônia.