A mãe do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto no Complexo do Alemão, Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos, recebeu com repudio a notícia de que os policiais militares envolvidos no caso foram inocentados no inquérito da Divisão de Homicídios (DH). Hospedada em um quarto de hotel no Flamengo, ela ficou sabendo da conclusão da Polícia Civil na noite de ontem. Indignada, Terezinha disse que vai pedir a reabertura das investigações e quer questionar ao delegado Rivaldo Barbosa, diretor da DH, sobre o a conclusão que inocenta por “legítima defesa”.
“A Justiça no Brasil só é para pobre, preto e prostituta. Vou lutar com unhas e dentes. Quero ver esses policiais que tiraram a vida do meu filho condenados e presos”, desabafou Terezinha.
A ex-diarista, que depois da morte do filho se mudou para Piauí, voltou a afirmar que não havia qualquer operação policial na região do Areal no momento em que seu filho levou um tiro. Ela chegou ao Rio ontem para organizar sua viagem para Suíça, Inglaterra, Espanha e Holanda (a convite da Anistia Internacional) para divulgação do caso.
“Eu estava no hotel quando fiquei sabendo do resultado do inquérito. Várias pessoas me mandaram a notícia pelo WhatsApp. Fiquei muito nervosa e queria quebrar tudo o que estava na minha volta. Também chorei muito”, contou Terezinha.
A ex-diarista disse que, além de pedir nova apuração do caso, quer ficar de frente a frente com o delegado Rivaldo para lhe fazer uma pergunta:
“Quero perguntar para ele se estivesse no meu lugar o que faria. Lembro bem que ele (Rivaldo) pegou nas minhas mãos e me disse que a morte do meu filho não ia ficar impune. Ontem fiquei com muito ódio quando soube que os policiais foram inocentados.”
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