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Confira relatos de sobreviventes do acidente em Santo André

O delegado Alberto José Mesquita Alves, que comanda a investigação da explosão de um depósito de fogos de artifício em Santo André, afirmou nesta sexta-feira (25) que, em depoimento prestado nesta tarde, a mãe do dono do estabelecimento, Sonia Maria Castellani, negou a fabricação de explosivos no local.

A loja explodiu por volta das 12h30 da quinta-feira (24), deixando dois mortos e 12 feridos. Cerca de cem pessoas tiveram que deixar suas casas. A polícia investiga se o local também fabricava os explosivos.

Sonia Castellani informou que o filho, Sandro, apenas comercializava os fogos. No depoimento, ela afirmou não ter visto o que causou o acidente.

"Ela disse que estava em casa almoçando, ouviu um barulho do lado externo da loja e foi verificar. Quando estava de costas para a loja, ouviu estrondos e uma explosão maior. Portanto, não consegiu verificar o que causou a explosão", informou Alves.

O delegado declarou que continuará investigando se havia fabricação de fogos no local, por causa do tamanho do estrago. "Chama a atenção a gravidade da explosão e o tamanho pequeno da loja. Os peritos vão ter que avaliar".

Segundo ele, até o momento foram retirados 40 caminhões de escombros do local e todo o material deverá ser analisado. O delegado também afirma que os peritos devem pedir uma prorrogação do prazo de 30 dias para conclusão do laudo.

De acordo com Alves, Sonia disse desconhecer o paradeiro do filho e da nora. Ele explicou que o casal não é considerado foragido, mas a polícia está levantando informações para verificar se será necessário entrar com um pedido de prisão temporária.

Se for verificada a responsabilidade do dono da loja, ele deve responder pelo crime de explosão e pelos danos decorrentes do acidente: os dois homicídios, lesões corporais e danos materiais.

Ao todo, 12 pessoas foram ouvidas na 3ª Delegacia de Polícia de Santo André, entre vizinhos e transeuntes.

Causa improvável

Alberto José Mesquita Alves comentou também a informação de que a explosão teria sido causada por um curto circuito em uma antena. Segundo ele, somente uma testemunha disse ter visto uma pessoa no telhado e mesmo assim não saba quem era.

"Só uma pessoa alegou que teria um prestador de serviços no telhado. E outras quatro negaram a presença desse prestador", disse o delegado. De acordo com ele, essas pessoas afirmam terem olhado para o telhado na hora, mas não viram ninguém ali.

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