Os corpos de Márcia Amaral Barbosa, de 27 anos, e a filha dela Mayane Amaral de Lima, de 11 meses, que morreram atropeladas na noite de sábado (31), foram enterrados por volta de 12h30 nesta segunda-feira (2), em Colombo. Durante o domingo e esta segunda, amigos, vizinhos e familiares estiveram no Cemitério Jardim da Colina, em Colombo, onde aconteceu o velório.
Cerca de 50 pessoas estiveram no enterro. Mãe e filha foram atingidas por um Kadett, conduzido pro Jéferson Dionísio dos Santos, de 18 anos, que não tinha habilitação. Elas estavam na casa de vizinhos para convidá-los para a festa de aniversário de Mayane, que completaria um ano no dia 13 de agosto.
Outras cinco pessoas foram atingidas no acidente: dois vizinhos, sendo uma menina de 13 anos, e outros três filhos de Márcia, de 3, 9 e 11 anos. Um dos vizinhos chegou a ser levado para o hospital, mas só teve ferimentos leves e recebeu alta ainda no domingo. Dois filhos de Márcia, meninos de 3 e 11 anos, escaparam sem ferimentos do acidente.
Duas meninas permanecem internadas nesta segunda-feira (2). Uma das filhas de Márcia, Sabrina Amaral de Oliveira, de 9 anos, está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador. Ela está sedada, mas seu quadro é estável. Já Patrícia Nunes Santana, de 13 anos, está em observação no Hospital Cajuru, para avaliação do estado neurológico. A previsão inicial era de que ela receberia alta ainda nesta segunda, mas os médicos constataram uma lesão na coluna e ela deve passar por uma cirurgia na terça-feira (3).
Motorista está preso
O jovem Jéferson Dionísio dos Santos, que atropelou várias pessoas e matou mãe e filha em Colombo, na noite de sábado, continua preso na delegacia central da cidade. Ele deve permanecer detido até ser julgado, caso não receba liberdade provisória. De acordo com o delegado Erineu Portes, responsável pelo caso, o rapaz frequentou apenas duas aulas teóricas do curso para formação de condutores e, mesmo sem habilitação, pegou o carro da mãe escondido. O jovem deve responder por homicídio doloso (com intenção de matar). "Ao não ser habilitado, ele assumiu o dolo, ou seja, o risco de cometer o crime", disse o delegado.
Santos deve ser indiciado por estar dirigindo sem habilitação, o que pode render uma pena entre 6 e 20 anos de reclusão. Além de não ter a carteira de motorista, Santos havia ingerido bebida alcoólica, mas não estava embriagado, como foi informado anteriormente. O resultado do exame de sangue indicou 0,475 decigramas de álcool por litro de sangue, abaixo do máximo permitido que é de 0,6.
Segundo o delegado Portes, o rapaz estava sozinho no carro, mas assumiu que esteve com amigos antes de dirigir. Com os amigos, ele teria bebido tubão, cachaça, vodka e cerveja. Santos conduzia o carro da mãe, um Kadett (placas BHH-1707, de Colombo), quando bateu em um muro e invadiu uma residência, atropelando as pessoas que estavam no local, por volta das 23h30 de sábado (31).