Fabricie e a filha, Liz: células-tronco são compatíveis| Foto: Ivan Amorin

Sessenta dias após o nascimento da primeira filha, Liz, a bióloga de Maringá Fabricie Marcele Wilbert, 38 anos, recebeu outra boa notícia. As células-tronco do cordão umbilical de Liz são parcialmente compatíveis e poderão ser utilizadas no tratamento realizado por Fabricie, que sofre de leucemia mieloide crônica. A informação foi confirmada ontem pelo centro de terapia celular Cordcell, de São Paulo.

CARREGANDO :)

Segundo o diretor científico da Cordcell, Elísio Sekiya, a coleta das células em Maringá foi muito bem-sucedida. "Mesmo com a compatibilidade sendo parcial, o resultado demonstrou que a amostra celular da Liz é uma importante opção numa possível indicação de transplante", explicou. As chances de que o material celular de Liz fosse compatível com a mãe eram de 25%.

Fabricie soube da novidade durante a tarde. "É uma alegria dupla saber disso e ver meu bebê crescendo com saúde", conta a bióloga, que descobriu a doença em março deste ano, quando fez o primeiro exame pré-natal.

Publicidade

Aconselhada por médicos, Fabricie entrou em contato com a Cordcell, empresa especializada na coleta, no processamento, armazenamento e na utilização das células-tronco. O procedimento de retirada das células de Liz foi realizado logo após o parto, em 15 de outubro, no Hospital Santa Casa de Maringá, justamente na data do aniversário de Fabricie.

O transplante é a última fase do tratamento e só será indicado para Fabricie caso a quimioterapia não dê o resultado esperado. Por enquanto, a paciente responde bem ao tratamento, iniciado há dois meses. Uma nova avaliação será feita daqui a quatro meses.

Valor

O preço ainda é um dos empecilhos para a coleta de células-tronco do cordão umbilical. A retirada do material no momento do parto, o armazenamento e o transplante custam em torno de R$ 3,5 mil. No entanto, muitas empresas costumam parcelar este custo. Já a manutenção do material sai em média R$ 600.