Teve alta da Santa Casa de Jaú na manhã desta terça-feira (4) a única testemunha de um assassinato seguido de suicídio entre irmãos que chocou o município, que fica a 287 quilômetros de São Paulo. Ana Pacheco de Almeida Prado, de 89 anos, estava internada desde a noite de domingo, depois que presenciou o filho Francisco Miranda de Almeida Prado, de 59 anos, matar as duas irmãs dele, Ana Carolina, de 66 anos e Ana Cecília, de 60, e depois se matar.
Na segunda-feira, o delegado Euclides Salviato Júnior, do 1º Distrito Policial de Jaú, disse que pretende ouvir Ana Pacheco, única testemunha do crime. A polícia quer saber o que motivou o crime e confirmar se ele teria sido cometido por uma briga por herança. A família Almeida Prado é uma das mais tradicionais do interior de São Paulo e possui fazendas, gado, imóveis e carros. Ainda não se sabe se o delegado vai ouvir Ana Pacheco Almeida Prado ainda nesta terça-feira. Ela estava internada em estado de observação, depois de entrar em choque após ver o filho matar as duas filhas.
Os corpos das vítimas foram enterrados na segunda-feira. O crime ocorreu por volta de 18 horas de domingo. Francisco teria assistido a um jogo de futebol num posto de combustíveis. Ao retornar para casa, iniciou uma discussão com as irmãs Ana Carolina, de 66 anos, e Ana Cecília, de 60 anos. O motivo seria uma reunião dos irmãos, marcada para discutir a repartição de bens, que acabou não acontecendo. Durante a briga, Francisco pegou um revólver calibre 38, com cinco projéteis, e atirou contra as irmãs. Deu apenas um tiro em cada uma e, em seguida, disparou contra si próprio.
"Havia cinco projéteis no revólver e dois permaneceram intactos", diz o delegado Euclides Salviato Júnior, do 1º Distrito Policial de Jaú, responsável pelo caso.
A tragédia ocorreu na frente da matriarca. Desesperada, Ana Pacheco tirou a arma da mão do filho e a escondeu atrás da geladeira. Em seguida, foi para o portão pedir socorro. Trancada dentro no quintal, ela acabou socorrida por uma pessoa que passava na rua e por vizinhos, que ouviram os pedidos de socorro.
As duas irmãs, professoras aposentadas. O quarto irmão, um advogado, não estava na casa. A informação é que ele, único que constituiu família, mora na cidade de Lençóis Paulista e mantém um escritório em Jaú.
Segundo o delegado, os corpos das irmãs foram encontrados na varanda da casa; o de Francisco, na sala. Perto do corpo dele foi achado um coldre com munições.
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