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Enquanto brincam, os amigos Pedro Henrique Boguszeswki e Bernardo Gomes Pinto, ambos de 5 anos, nem imaginam a batalha que pais, escolas e CEE travam antes do início do ano letivo. "Vamos para a primeira série", afirmam. Os dois concluíram pela mesma turma o Pré-II em 2006, mas neste ano vão estudar em escolas diferentes. O problema é que matrícula de Pedro foi derrubada pela Justiça e, até nova decisão, ele será obrigado a estudar no último ano da educação infantil. Já Bernardo está matriculado numa instituição onde a liminar ainda está valendo.

Enquanto as aulas não começam, a mãe de Pedro, a médica Margaret Boguszeswki, 42 anos, não sabe o que fazer com a vida escolar do filho. "Já perdi algumas noites de sono. Jamais pensei que iria me preocupar em que série meu filho iria estudar", diz.

A situação de Bernardo não é mais confortável, na opinião da mãe, a dentista Stella Maris Gomes, 42 anos. "A sensação é de que o tempo está correndo e não se sabe ainda o que será desse inicío de ano letivo. Ainda não estou mobilizada nem com a compra do material escolar, prefiro esperar", diz.

A presidente do CEE, Shirley Augusta de Souza, ressalta que as crianças com 6 anos incompletos até 1.° de março não entrarão num processo de retrocesso. "Esses alunos vão freqüentar a última etapa da educação infantil, independente do nome que isso tenha. Não tem de repetir conteúdo, é uma nova sistemática proposta." (TD)

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