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Londrina

Mães enfrentam até 4 horas de fila em hospital infantil

O alto número de casos de emergência tumultuou o atendimento, na tarde de quinta-feira (22), no Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Londrina, no Norte do Paraná. Algumas mães aguardaram até quatro horas na fila. A situação ficou ainda mais tensa com a morte de uma criança de três meses, que foi prontamente atendida pela equipe médica, mas não resistiu. A causa da morte não foi divulgada.

A diretora executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Marlene Zuccoli, disse que o feriado prolongado de carnaval pode explicar parcialmente o volume excessivo de procura na unidade. "Isso tem que ser considerado. As mães podem ter deixado para trazer o filho depois do feriado, aumentado o número de atendimentos", afirmou.

Na quinta-feira, por volta das 21 horas, cerca de 80 crianças ainda esperavam para ser atendidas. Marlene afirmou que a secretaria estava de sobreaviso para o caso de providenciar reforço médico no PAI.

Somente no período da tarde, três casos graves deram entrada no hospital. A diretora argumentou que esse tipo de atendimento tem prioridade e acaba tomando mais tempo dos médicos. Dos quatro médicos que trabalhavam no período da tarde, dois se concentraram nos atendimentos de urgência. "Isso deixou o atendimento mais lento, já que a demanda geral ficou nas mãos dos outros dois médicos", confirmou a gerente do PAI, Vera Mendes.

Morte

A criança de três meses morreu por volta das 20 horas. A suspeita inicial era de um caso de meningite, que não se confirmou após a realização dos primeiros exames. O bebê teve duas paradas cardíacas, mas não resistiu. A médica que prestou atendimento disse que a causa da morte permanecia desconhecida. Ela desconfiava de uma infecção generalizada, cujo foco não foi localizado.

Os pais da criança, que moram no Conjunto Cafezal (zona sul), chegaram ao PAI por volta das 17 horas e relataram que a filha chorava demais e tinha febre. Na quarta-feira, ela tinha passado por uma bateria de exames e nada foi constatado.

A equipe de atendimento, de acordo com a direção do hospital, realizou ontem exames de sangue, urina e raio-X de tórax, e novamente os resultados não apontaram nada de grave. A criança sofreu a primeira parada ainda na enfermagem, mas teve seus batimentos cardíacos recuperados. A segunda, pouco tempo depois, foi fatal.

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