O reforço na segurança dos cemitérios de grande porte em Curitiba fez com que os ladrões de placas de bronze e alumínio mudassem de alvo. Nos últimos tempos, os cemitérios pequenos, localizados junto a paróquias de bairro, entraram definitivamente na rota dos furtos. Os grandes cemitérios já contam com cercas elétricas, alarmes e serviços de empresas de segurança privada. Já os quatro ligados à prefeitura têm rondas diárias da Guarda Municipal.
Um dos que vêm sendo furtados com freqüência é o cemitério localizado junto à Paróquia Santana de Abranches, no bairro Abranches. Há algum tempo a administração chegou a contratar um guardião, mas a medida não resolveu nada: ele foi agredido pelos ladrões. "Não tem muito o que fazer. Retiram tudo que é de bronze", afirma a secretária da paróquia, Zoê de Pol. "Colocamos arame em cima do muro, mas entram até de dia. Quase toda semana tem alguma ocorrência."
No cemitério da Paróquia Santo Antônio, no bairro Orleans, a saída encontrada foi soltar um cachorro durante a noite. "Temos muitas reclamações. Quanto tinha placas de bronze roubavam bastante. O pessoal nem tem mais feito. Só de pedra", diz a secretária Suelen Rufino Abdo. "O muro é alto e à noite soltamos um cachorro, mas mesmo assim é complicado."
Já na Paróquia São Pedro, no Umbará, a situação só melhorou depois que um alarme foi instalado e uma empresa de segurança contratada. "Até o fim do ano passado, tivemos muitos problemas", revela o administrador do cemitério paroquial, William Dionísio Soares. "Os ladrões entravam durante a noite, em quatro ou cinco pessoas. Ficavam escondidos e levavam tudo que podiam. Até as janelas das capelas roubaram."
Em outros dois cemitérios paroquiais, nos bairros Santa Cândida e Santa Felicidade, os furtos só pararam porque praticamente todos os materiais de bronze ou alumínio já foram roubados. No cemitério da Paróquia de São José, em São José dos Pinhais, a reportagem foi informada que até os tapetes das capelas foram levados por ladrões.
Prevenção
A ameaça de furtos levou o conselho de administração do Cemitério Luterano, no Alto da Glória, a instalar cercas elétricas em cima dos muros. O cemitério fica próximo ao Estádio Couto Pereira, atrás da Igreja do Perpétuo Socorro, onde há uma novena de grande movimento nas noites de quarta-feira. "É uma prevenção, porque tem uma grande circulação de gente nas noite de quarta-feira", afirma o presidente do conselho de administração, Telmo Bradasch. "Não vou dizer que não tenha acontecido uma situação ou outra, mas não temos muitas ocorrências, porque sempre tem alguém cuidando."
Mesmo com muros mais altos e a presença da Guarda Municipal durante o dia, os quatro cemitérios municipais de Curitiba Santa Cândida, Boqueirão, São Francisco de Paula e Água Verde não estão livres dos furtos. Segundo a Secretaria Municipal da Defesa Social, desde o início do ano foram registradas 14 ocorrências de furto, além de seis por vandalismo, cinco por desordem, quatro por atitudes suspeitas e uma por desacato. No total, foram 61 ocorrências desde janeiro, incluindo atendimentos ao cidadão, banho em local público e até um encontro de ossada. A Guarda Municipal pode ser acionada pelo telefone 153.
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