Para alertar sobre os perigos do trânsito – e tentar evitar acidentes que tiram 40 mil vidas por ano no Brasil – diversas ações educativas estão sendo realizadas durante todo o mês. É o maio amarelo, iniciativa brasileira que foi adotada pela Organização das Nações Unidas para conscientizar motoristas, ciclistas e pedestres de que é possível conviver em harmonia em ruas e rodovias.
Brinquedos órfãos
A exposição Brinquedos Órfãos não segue a regra de destacar a capacidade artística da humanidade. Ela pretende promover a reflexão a partir de peças comuns, mas que ficaram carregadas de história para os familiares de crianças mortas no trânsito. A mostra será aberta no sábado (16), no Museu Metropolitano de Arte (Muma), no Portão, em Curitiba, e é uma promoção do Instituto Paz no Trânsito.
Assim como aconteceu o outubro rosa para o câncer de mama e o agosto azul para cuidados com a saúde dos homens, a campanha usa um mês específico e uma cor para fazer o alerta. Alguns monumentos Brasil afora foram iluminados de amarelo. O Paraná tem motivos para se preocupar mais: segundo o Detran-PR, o número de mortos aumentou de 1.907 em 2011 para 2.628 no ano passado.
A campanha engaja várias empresas e entidades. A concessionária Arteris, por exemplo, ofereceu serviços de saúde para caminhoneiros em duas rodovias do Paraná durante a semana. Também a prefeitura de Curitiba está com distribuição de panfletos em escolas. Já o Instituto Paz no Trânsito realizou ações de conscientização no centro da cidade e no Parque Barigui. Também em cidades do interior estão sendo realizadas ações pelo Detran-PR.
Simulação de acidente choca e educa
A sensação de que acidentes só acontecem com os outros não permanece na iniciativa realizada em São José dos Pinhais. Quem passou na quarta-feira (13) pela Rua XV de Novembro foi convidado a viver a experiência e o choque provocados por um acidente (foto). Três tendas foram montadas, cada uma com um propósito: pare, pense, mude. Na primeira, a pessoa vê um vídeo e se imagina na colisão. Aí ele passa por um carro batido, com um ferido gritando por socorro. Aí o motorista é convidado a “sortear” uma sequela. Ele pode perder uma perna e ganha um par de muletas. Depois de vivenciar o drama da situação, a pessoa é convidada a repensar suas atitudes no trânsito.
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