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Rio de Janeiro

Maior medo dos cariocas é a bala perdida, aponta pesquisa

Uma pesquisa da ONG Rio Como Vamos revelou que o maior temor do carioca é ser atingido por bala perdida. O estudo foi divulgado no site da organização não-governamental nesta quarta-feira (28).

A ONG entrevistou 1.358 pessoas em agosto desse ano para realizar a pesquisa. Do total de entrevistados, 36% têm medo do risco de ser baleado, mesmo sem estar envolvido numa situação de tiroteio.

A Pesquisa de Percepção, que foi encomendada ao Ibope e ouviu entrevistados em todas as regiões do Rio, revelou que os moradores da Zona Norte, local de intensos confrontos nos últimos dias, são os mais receosos em relação à bala perdida.

De acordo o Relatório Temático sobre Balas Perdidas do Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP), das 79 pessoas que morreram ou ficaram feridas em confrontos por balas perdidas no primeiro semestre de 2009, quase a metade foi atingida em bairros da Zona Norte.

"Nossa pesquisa mostra que balas perdidas aterrorizam os moradores de todos os bairros do Rio de Janeiro. Na Zona Norte, é natural que o temor seja maior, já que é lá que ocorre grande parte dos conflitos entre as facções do tráfico e entre criminosos e policiais, como estamos vendo agora", disse a presidente executiva da ONG, Rosiska Darcy.

Cariocas têm medo de assalto

Segundo a pesquisa, 23% dos entrevistaram responderam ter medo de serem roubados ou assaltados. A pesquisa mostrou ainda que os cariocas temem sair à noite (19%); a presença do tráfico de drogas (7%); e a abordagem policial (4%). Durante a pesquisa, 4% dos entrevistados admitiram não sentir medo algum.

"Espero que as autoridades da Segurança Pública levem para as favelas dessa região, urgentemente, o modelo das Unidades de Polícia Pacificadora, que tem se mostrado tão eficaz e despertado grandes esperanças de paz nas áreas conflituosas, como foi o caso do Dona Marta. Com a polícia cidadã, devem chegar outros serviços públicos, que dêem a essas comunidades o estatuto de um bairro como qualquer outro e onde se possa viver tranquilo", afirmou Rosiska Darcy.

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