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Tibagi – Após muitas reivindicações, agricultores e donos de pousadas e hotéis às margens da PR-340 – que liga Castro a Tibagi, na Região dos Campos Gerais –, finalmente verão o recapeamento de um dos principais corredores econômicos do Paraná. Dos 60 quilômetros do trecho, somente oito estão prontos e trafegáveis, próximo de Tibagi. Nos 52 restantes, as condições são péssimas. Falta sinalização, faixas e acostamento. Em alguns trechos não há asfalto e os buracos tomam conta da estrada.

As obras não seguiram o calendário da agricultura, chegando tarde para garantir o mínimo de estrutura ao escoamento da safra de inverno. A colheita do trigo já está concluída e precisa ser transportada em breve.

Iniciada em agosto, a previsão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná é de que o recapeamento esteja pronto no primeiro semestre de 2006 – o investimento é de R$ 3,5 milhões.

Mesmo com o atraso, o produtor rural Guilherme De Geus, que este ano colheu 800 toneladas de trigo, comemora a mudança. Porém, não deixa de reclamar. "A estrada ruim atrasa e prejudica a safra", considera.

Já o empresário e produtor Francisco Reis gasta mensalmente próximo de R$ 2,8 mil com o conserto das carretas. Proprietário de uma empresa de combustível que abastece as fazendas da região, semanalmente Reis tem pelo menos um caminhão-tanque quebrado. Cada troca ou conserto de peças que se desgastam na rodovia custa em média R$ 700.

A estrada também prejudica o turismo em Tibagi. A cidade conta com atrativos naturais, entre eles o Parque Estadual do Guartelá. Segundo De Geus, que também possui uma pousada na região, somente em 2004 a queda no movimento de visitantes foi de 70%. "Os turistas ligam para perguntar como está a estrada e, infelizmente, temos que dizer que está péssima. É o suficiente para cancelarem a viagem", afirma.

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