Apesar de todas as dificuldades para reconhecimento e identificação, parentes enterraram a maioria dos corpos das vítimas das chuvas e desabamentos na Região Serrana. Em Teresópolis, 212 dos 261 mortos já foram sepultados. Em Nova Friburgo, as 273 vítimas encontradas já foram enterradas. Petrópolis sepultou 37 dos seus 53 mortos. As informações são das prefeituras das respectivas cidades.
Dos 49 corpos ainda não enterrados em Teresópolis, 26 não foram identificados. As dificuldades para o sepultamento dos já reconhecidos passam por questões jurídicas ou abandono. Segundo a prefeitura, alguns familiares identificaram os parentes, mas não deram prosseguimento ao processo para a realização do sepultamento.
Os corpos ainda não identificados só serão reconhecidos por exames de DNA, segundo decisão judicial.
Buscas
Bombeiros, técnicos da Defesa Civil, militares e voluntários entram neste domingo (16) no 5º dia de buscas por moradores que ainda estão em regiões isoladas e por corpos, vítimas da chuva forte que arrasou a Região Serrana do Rio.
Uma equipe equipe da Aeronáutica seguiu de helicóptero para a localidade de Brejal, onde cerca de 80 pessoas estão ilhadas. Outra equipe aguarda a chuva que voltou a cair em Petrópolis diminuir para seguir em outra aeronave para a região trabalhar na busca por pelo menos três corpos, que foram confirmados, estão soterrados na localidade.
Maior tragédia da história
Em toda a região, desde a chuva forte que começou a cair na terça-feira (11), mais de 600 corpos já foram encontrados.
Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.