A notícia tem saído discretamente, mas de forma quase simultânea, em diferentes partes dos Estados Unidos: a Planned Parenthood, maior realizadora de abortos no país, está gradualmente expandido sua oferta de serviços de “transição de gênero” para pessoas que acreditam ter nascido no corpo errado.
"A Planned Parenthood começou a oferecer tratamento de terapia hormonal em seu Centro de Saúde Dayton para apoiar as comunidades LGBTQ+ em Ohio", publicou, em fevereiro, o Dayton Daily News. "A Planned Parenthood do Oeste da Pensilvânia vai começar a oferecer terapia hormonal para pessoas transgênero e não-binárias", noticiou, em dezembro, o TribLive, da região de Pittsburgh. “Samantha Cahen, diretora do programa para pacientes transgênero da Planned Parenthood do Sudeste e Norte da Flórida, diz que agora há um catálogo completo de serviços especificamente para essa população”, registrou, em setembro, a rádio WMFE, de Orlando.
O movimento é nacional. Em seu mais recente relatório anual, que engloba outubro de 2019 a setembro de 2020, a Planned Parenthood afirma possuir mais de 200 unidades, em 31 estados, oferecendo esse tipo de serviço - mas não traz detalhes adicionais sobre o volume de atendimentos.
Um novo estudo do Family Research Council, entidade fundada em 1983 com o objetivo de defender políticas em favor das famílias, afirma que a Planned Parenthood já é a segunda maior provedora de terapia hormonal para pessoas que se identificam como transgênero nos Estados Unidos.
O avanço da Parent Planehood neste campo se deu após uma série de denúncias revelar que a entidade cometeu infrações éticas e legais, como exigir metas de aborto de suas clínicas e não oferecer suporte a bebês nascidos vivos durante procedimentos de aborto.
Em alguns estados, legislações mais rígidas contra o aborto também têm limitado a atuação da Planned Parenthood. Segundo o levantamento mais recentes, seis estados americanos possuem apenas uma clínica de aborto.
A nova ofensiva da Planned Parenthood no campo da transição de gênero se torna ainda mais grave porque há indícios que esteja oferecendo esse tipo de serviço a menores de idade, o que viola o que a própria organização afirma oficialmente.
Segundo relato publicado pela jornalista Abigail Shrier, autora de um livro que denuncia o crescimento artificial do número de adolescentes identificadas como transgênero, há clínicas da Planned Parenthood fazendo esse tipo de atendimento em menores de idade - muitas vezes sem a presença do médico ou de um familiar.
Uma ex-funcionária da Parent Planehood, entrevistada pela jornalista, afirma que o atendimento não inclui uma avaliação séria sobre a condição do paciente - e que adolescentes recebem prescrição de hormônios (como a testosterona, no caso de garotas que acreditam ser transgênero) de forma quase automática. “Nós não podemos trazer o assunto em discussão com a administração ou os diretores da clínica porque eles têm essas diretivas dos administradores estaduais”, disse a entrevistada.
Número de abortos
Segundo o relatório mais recente da Planned Parenthood, a entidade realizou 354.871 abortos no último ano fiscal - o maior número já registrado. Isso equivale a 56% do total de abortos feitos nos Estados Unidos no período. O número é ligeiramente maior do que no ano anterior. Como mostra o levantamento do Family Research Council, outros serviços de saúde realizados pela entidade - e que não são relacionados ao aborto - decresceram no período.
No ano, a Planned Parenthood arrecadou 1,6 bilhão de dólares, dos quais 618 milhões (38%) vieram de impostos. O valor tende a crescer agora que o governo federal, sob o comando de Joe Biden, adotou uma postura favorável a organizações que promovem abortos.
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