Mais dois policiais civis acusados de participar de um esquema de exploração sexual infantil e extorsão foram presos, em Curitiba. Eles se apresentaram na manhã de ontem à Corregedoria da Polícia Civil do Paraná. Ao todo, 13 policiais já estão presos, entre eles dois delegados. Um investigador continua foragido. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o último envolvido pode se entregar ainda hoje. Todos os policiais começaram a ser interrogados, ontem, pela delegada corregedora Daise Barão.
O grupo de policiais, lotados nos distritos dos bairros de Santa Felicidade, São Lourenço e Hauer, são apontados como participantes de um golpe que simulava flagrantes de casos de pedofilia para extorquir dinheiro dos "abusadores". Uma moça, que também está foragida, recrutava clientes pela internet mostrando fotos de meninas nuas. As garotas, de 10 a 14 anos, ganhavam entre R$ 50 e R$ 150 para tirar as roupas diante das vítimas. Antes de qualquer ato sexual, policiais invadiam o local registrando tudo para depois extorquir o abusador na delegacia. O valor pago pelo pedófilo para não ser preso e para que o caso fosse abafado chegava a R$ 30 mil.
A Sesp mantém em segredo o nome de todos os policiais envolvidos nessa rede em respeito ao sigilo de Justiça decretado, por ser um caso que envolve crianças. (JO)