Brasília – Mais quatro deputados formalizaram o pedido de renúncia ao Conselho de Ética da Câmara. Agora somam seis os parlamentares que se afastaram do órgão em protesto às decisões do plenário de absolver os envolvidos no esquema do valerioduto.

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Os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), César Schirmer (PMDB-RS) e Benedito de Lira (PP-AL) enviaram uma carta ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), justificando que "nas condições atuais (o Conselho) se tornou decorativo", já que vem sendo "acintosamente desprezado pelo plenário da Casa".

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Antes deles, os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Orlando Fantazzini (PSol-SP) também haviam se desligado formalmente do Conselho.

Dos seis deputados que renunciaram, cinco são titulares e apenas um – Schirmer – é suplente. O conselho é composto, ao todo, por 15 titulares e 15 suplentes.

Fantazzini rebateu as críticas de que a saída dos membros do PSol beneficiará os mensaleiros, pois o PT passará a ter três votos no Conselho. É que, com a saída de Fantazzini e de Alencar – ex-petistas –, o PT ganhará duas vagas no Conselho de Ética. O partido tinha apenas uma vaga no Conselho, ocupada pela deputada afastada Ângela Guadagnin (PT-SP).

"Prefiro que o PT faça abertamente o que faz secretamente. A sociedade vai saber que o PT, por orientação partidária, está absolvendo os deputados. Eles querem a impunidade", disse Fantazzini. O voto no Conselho é aberto, o que expõe os parlamentares.

Além do PT, o PPS também reassumirá sua vaga no Conselho com a saída do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Assim como aconteceu com os petistas, o PPS perdeu a vaga quando Delgado mudou de partido. Agora, as indicações voltam a ser de responsabilidade do PT e PPS.

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