Curitiba deve enfrentar o seu sétimo fim de semana seguido com chuvas. A previsão do Instituto Tecnológico Simepar para os próximos quatro dias é de tempo instável não só na capital mas no restante do Paraná. A frente fria se desloca para o oceano, porém os ventos fortes e temporais, que castigaram várias cidades nos últimos dias, estão inicialmente descartados.

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O número de casas danificadas pelas fortes chuvas em todo o Paraná chegou a 1.328 na tarde desta quinta-feira, no balanço apresentado pela Defesa Civil. Já são 23 municípios atingidos por ventos, alagamentos ou chuva de granizo.

O número cresceu progressivamente de terça para quinta-feira. "Agora a tendência é que o número não aumente muito mais. Equipes da Defesa Civil trabalharam ininterruptamente para garantir o atendimento a todos que tiveram suas casas danificadas", garantiu o tenente Douglas Martin Konflanz. Todas as famílias receberam lonas para as casas que foram destelhadas e, segundo a Defesa Civil, nenhuma pessoa está desabrigada ou desalojada.

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Os maiores estragos foram registrados na cidade de Pinhão, região Sul do estado. Aproximadamente 800 casas foram danificadas, principalmente em famílias de baixa renda. Em Vitorino, foram atendidas 250 edificações, Toledo (100) e Candói (92). Na cidade de Cascavel, no Oeste, as 17 pessoas que ficaram desabrigadas retornaram para suas casas nesta quinta. A Secretaria de Agricultura prevê que devem ocorrer perdas nas colheitas da soja plantadas na região.

Os prejuízos financeiros ainda são incalculáveis. Estima-se que em Pinhão os valores já beirem os R$ 2 milhões. Na cidade de São Miguel do Iguaçu, o prejuízo também será alto, já que foram destruídos quatro aviários e dois barracões que serviam de garagem para colheitadeiras.

Os 23 municípios atingidos foram: Pinhão, Castro, Cascavel, Maringá, Candói, Bituruna, Pitanga, Lapa, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Missal, Itaipulândia, Ramilândia, Vitorino, Prudentópolis, Guarapuava, São João do Triunfo, Pato Branco, Ibiporã, Toledo, Alto Piquiri, Iretama e Piraí do Sul.

Estudante ferido

Um dos estudantes feridos pelas tendas que foram arrancadas pelos fortes ventos desta terça-feira em Castro, região dos Campos Gerais, durante a realização do Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera), foi obrigado a realizar uma cirurgia na cabeça. A cirurgia foi realizada no Hospital Bom Jesus, em Ponta Grossa, para a drenagem de um coágulo formado por uma pancada que recebeu de um dos ferros que faziam o suporte das tendas. O estudante passa bem.

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Estradas

O tráfego na BR-277 foi liberado em meia pista no sentido litoral-Curitiba no final desta quinta-feira. Na manhã de quarta-feira um deslizamento de terra provocou a interdição do trecho, mas um desvio para a outra pista foi feito pela empresa que administra a rodovia. A previsão da Ecovia, concessionária que administra o trecho, para o fim das obras no local é de 30 dias.

Já na BR-476, próximo a São Mateus do Sul, região metropolitana de Curitiba, a situação premanece preocupante. O tráfego no km 295 continua em meia pista, já que a outra metade desabou completamente numa faixa de 150 metros de estrada.

A reconstrução deste trecho deve demorar, já que a BR-476 é uma das estradas que está inclusa no empurra-empurra de responsabilidades entre o governo estadual e federal. Na ponte sobre o Rio Água Amarela, funcionários do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) taparam o buraco que surgiu na cabeceira da ponte e que ameaçava sua estrutura.

Cataratas do Iguaçu

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As chuvas constantes que caem no Paraná fizeram com que a paisagem nas Cataratas do Iguaçu ganhasse uma beleza especial. A vazão das quedas aumentou em quase 10 vezes, passando de 1.500 metros cúbicos por segundo, para 12.000 m³/s. A cada segundo, 11 milhões e meio de litros de água passam pelas centenas de quedas do Parque Nacional do Iguaçu.

Para garantir a segurança dos visitantes, a principal passarela das cataratas foi interditada. A visitação só deverá ser retomada na tarde desta sexta. Este foi o segundo incidente deste tipo em 2005. O primeiro aconteceu em julho, quando nove torres caíram em São Pedro do Iguaçu.

Torres de Furnas

A previsão para o término do conserto das cinco torres que caíram durante os vendavais dos últimos dias é de cinco dias. Cerca de 200 técnicos da empresa Furnas trabalham para que possa ser retomada a normalidade na transmissão de energia elétrica.

Foram duas torres na cidade de Toledo e outras três próximas a Medianeira. Este ramal de linhas de transmissão é responsável por enviar energia para boa parte da região Sudeste do país. A capacidade de geração de energia de Itaipu foi reduzida pela metade para evitar sobrecargas no sistema.

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Confira a previsão do tempo para esta sexta-feira

Veja, na reportagem em vídeo, o espetáculo das águas