A criação do Centro de Referência de Atendimento a Animais em Risco (Crar) de Curitiba – que funcionaria como uma espécie de abrigo público temporário – ainda não saiu do papel. Além disso, do ano passado para cá, o projeto viu “encolher” em quase 65% o orçamento inicial disponível, passando de R$ 1,14 milhão para R$ 400 mil. A prefeitura, contudo, nega corte de verbas e defende que o risco nos zeros foi uma economia, gerada pela integração do espaço à Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ).
Em 2013, foi feita uma petição online para cobrar a construção do Crar na capital paranaense - uma das promessas do plano de governo de Gustavo Fruet (PDT). Mas foi só no ano passado que os vereadores autorizaram que a prefeitura investisse R$ 1,14 milhão do Fundo Municipal de Meio Ambiente no projeto. Inicialmente, o espaço estava previsto para ser entregue em julho deste ano. Agora, mesmo com obras ainda não iniciadas, a previsão é que a estrutura fique pronta até o fim do ano.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) explicou que a data antes projetada não foi cumprida por causa da licitação, que foi autorizada apenas no último mês de maio.
Integração
O coordenador da Rede de Defesa de Proteção Animal de Curitiba, Paulo Colnaghi, explicou que a redução da verba não se trata de um corte, mas de uma economia gerada por meio de reestruturações feitas no projeto inicial desenvolvido pela prefeitura.
Antes, a proposta previa que o Crar ocupasse o mesmo terreno que a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), antigo Centro de Controle de Zooonoses (CCZ). De lá para cá, foi decidido que o centro não só vai ficar no mesmo terreno como usar parte das instalações da unidade, na Cidade Industrial de Curitiba.
De acordo com Colnaghi, toda a parte administrativa do centro de referência vai ser instalada em salas ociosas da UZV, que também terá os laboratórios reformados para uso em conjunto. Outra mudança apontada pelo coordenador, e que teria impactado em boa parte da economia, foi a desistência da criação de grandes espaços para abrigar cavalos vítimas de maus-tratos.
“Percebemos que a adoção destes cavalos é sempre muito rápida. Fora que, com a lei [que proíbe o uso de veículos de tração animal na cidade, aprovada em 2015], a gente espera, com o tempo, não receber mais tantos cavalos maltratados”, ponderou o coordenador. Ele defendeu ainda que a compactação do Crar com o UZV não deve prejudicar nenhum dos serviços. “Ao contrário. Vai melhorar porque no espaço [do terreno] que sobra, vamos poder construir canis e gatis mais adequados”.
O Crar funcionará com atendimento médico-veterinário de cães, gatos, cavalos e animais silvestres recolhidos pela Rede de Proteção Animal. No Centro, os animais serão tratados, castrados e oferecidos para adoção no mesmo local. As cirurgias serão feitas em instituições parceiras da Rede de Proteção Animal
De acordo com a assessoria da prefeitura, o Centro terá três laboratórios, 16 canis, solário, gatil com área de isolamento e área de adoção, ambulatório, sala de vacinas, sala de apoio, depósito para ração, almoxarifado e área administrativa.
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