São Paulo - As chuvas dos últimos dias causaram diversos pontos de alagamento em cidades de Santa Catarina. O número de desalojados no estado, que ainda é alto devido às enchentes iniciadas no mês passado pode ter aumentado nos municípios de Itajaí e Palhoça.
De acordo com a Defesa Civil de Itajaí, os novos pontos de alagamento acontecem devido ao comprometimento do sistema de drenagem da cidade após as chuvas que atingiram o estado de Santa Catarina no fim de novembro e deixaram 128 mortos, além de 26 pessoas desaparecidas.
Além disso, 32.803 pessoas continuam fora de suas casas: 5.567 estão em abrigos públicos e 27.236 estão hospedadas em casas de amigos e parentes.
O número exato de bairros alagados não foi fornecido pela Defesa Civil de Itajaí, mas a Dedc (Departamento Estadual de Defesa Civil) aponta o bairro de Salseiro como o mais afetado da cidade. Segundo a Defesa Civil, algumas famílias podem ter deixado suas casas devido aos alagamentos, mas ainda não há registros oficiais.
Deslizamentos pontuais também foram registrados em Itajaí nos últimos dias, mas não há ocorrência de vítimas, segundo a Defesa Civil municipal.
Outros municípios
A Defesa Civil de Santa Catarina aponta outros cinco municípios com problemas de enchentes e deslizamentos devido às chuvas dos últimos dias. Em Palhoça, foram registrados oito bairros com problemas de alagamentos e outros três tiveram deslizamentos de terra.
Outros alagamentos e deslizamentos também foram registrados nas cidades de São José, Santo Amaro de Imperatriz e Passa Vinte. Nesse último, 32 famílias tiveram que deixar suas casas por medida de segurança.
No morro do Baú, em Ilhota, a Defesa Civil suspendeu todos os trabalhos de busca de vítimas, além de interromper os trabalhos de reconstrução e obstrução de ruas. Em Joinville, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar afirmaram ter aumentado o número de desabrigados e desalojados, mas os números ainda não foram divulgados pela Defesa Civil municipal.
A Defesa Civil recomenda que a população informe qualquer sinal de deslizamento, inclinação de árvores, movimentação de solo ou rachaduras. "Muitas pessoas morreram soterradas porque não obedeceram às determinações técnicas e permaneceram em regiões de risco", afirma o diretor da Defesa Civil catarinense, major Márcio Luiz Alves.
No caso de alagamento, a população deve evitar o contato com a água, já que pode estar contaminada e provocar doenças. Ontem, o governo do estado confirmou 81 casos de lepstospirose em Santa Catarina.