Mais cinco pessoas tiveram alta após se ferirem em um acidente envolvendo balões neste sábado (30), em Boituva, a 121 km de São Paulo. Um piloto e dois passageiros morreram e 16 pessoas ficaram feridas. Duas delas já tinham recebido alta no sábado e foram ouvidas pela polícia civil da cidade, que começou a apurar as causas do acidente no mesmo dia.
Entre os feridos, o caso mais grave é o de uma mulher que teve várias fraturas pelo corpo, entre elas traumatismo craniano. Ela foi levada para dois hospitais no interior antes de ser tranferida para a capital paulista.
Causas
Uma rajada de vento pode ter derrubado dois balões, segundo um piloto que fez um pouso de emergência com o terceiro balão. O delegado responsável pelas investigações, Silvan Renosto, já pediu a perícia dos aparelhos de voo.
"Vamos apurar as causas do acidente. Se foi falha humana, ou evento da natureza", disse o delegado.
De acordo com o secretário da Segurança Pública de Boituva, Cássio Werneck, três balões decolaram por volta das 8h20 quando sofreram uma rajada forte de vento, que provocou a queda de dois deles. Um deles conseguiu fazer um pouso de emergência.
Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Edson Romagnoli, que tem 53 anos (20 dedicados ao balonismo), ainda não é possível "avaliar as causas". "Provavelmente foi alguma intempérie, alguma mudança climática", afirma. "Foi uma fatalidade, com certeza."
A Prefeitura de Boituva chegou a divulgar o nome dos mortos no acidente, mas voltou atrás no início da noite. Afirmou que, em razão da dificuldade de identificação das vítimas junto aos hospitais, os nomes não estavam confirmados.