A Delegacia de Homicídios (DH) identificou, nesta semana, outros dois suspeitos de envolvimento no assassinato do professor Antonio Carlos de Paula, de 49 anos, queimado vivo em 1º de julho. De acordo com o delegado Jaime da Luz, responsável pelo caso, a polícia investiga a possibilidade de mais pessoas terem participado do crime. Dois suspeitos já estão presos.

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O nome das pessoas identificadas não foi divulgado pela polícia para não prejudicar os trabalhos. O delegado, no entanto, informou que chegou aos novos suspeitos combinando investigações e informações colhidas em depoimentos. A polícia vai pedir a prisão dos suspeitos. "Continuamos com os trabalhos, também para localizar o carro em que o professor foi levado até o local onde foi assassinado", disse Jaime da Luz.

Antonio Carlos de Paula foi assassinado em 1º de julho, na Rua Alcino Guanabara, no Hauer. Ele foi conduzido ao local em um carro vermelho, de onde foi tirado por dois homens. Os bandidos jogaram um líquido inflamável no professor e, em seguida, atearam fogo nele. O educador chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

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A polícia acredita que o caso esteja relacionado às drogas. A mulher que vivia com Antonio Carlos pelos últimos dez anos disse à DH ter encontrado maconha entre os pertences do professor.

A moto da vítima – uma XR300 –, o capacete e a bota que ele usava na noite do crime foram encontrados na casa de Jorge Luiz Gomes, de 49 anos. Ele foi preso em flagrante, acusado de receptação, mas a polícia acredita que ele tenha participação direta no homicídio. De acordo com as investigações, a casa de Gomes funcionava como um ponto de consumo de drogas, principalmente crack. Para a polícia, o professor foi ao local para comprar drogas. "Provavelmente ocorreu algum desacerto, que motivou o crime", disse a delegada Maritza Haisi, chefe da DH.

Também está presa Bernadete de Souza, de 33 anos. Com ela, a polícia encontrou 55 pedras de crack e uma balança de precisão. O delegado afirma que há indícios de participação dela no crime.