Curitiba – Mais uma pessoa foi presa na madrugada de ontem, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, acusada de participar do mesmo grupo de tráfico internacional de drogas desarticulado anteontem pela Polícia Federal durante a Operação Ícaro. No total, dez pessoas estão presas. A quadrilha é apontada pelos policiais como a maior em atuação no Brasil, com bases em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As investigações da PF continuam e devem desencadear novas ações em outras cidades do interior do Paraná que também estariam na rota da organização.

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Rivelino Dantas conseguiu fugir dos agentes federais quando o "quartel-general" do grupo foi vasculhado na quinta-feira, na zona rural de Gália, interior de São Paulo. Na fazenda funcionava o laboratório de refino do entorpecente, processo que faz com que a cocaína pura ganhe três vezes o seu volume inicial para depois ser vendida. De acordo com a PF, os policiais foram recebidos com tiros no local. Em menos de um dia, Dantas já tinha conseguido apoio para chegar até o Paraná. Ele seria o responsável por recolher os pacotes de cocaína jogados do helicóptero que sobrevoava a fazenda e levá-los até o laboratório.

O transporte da droga era feito principalmente pelo ar. Segundo o delegado Fernando Francischini, responsável pela operação, a pasta base de cocaína (droga pura) saía dos cartéis bolivianos via terrestre até chegar no Paraguai. De lá, o entorpecente era trazido pelo ar para o Brasil através das fronteiras com Paraná e Santa Catarina, com o auxílio de um helicóptero e dois aviões, apreendidos em Balneário Camboriú (SC). Acredita-se que 300 quilos de cocaína eram transportadas todo o mês dessa maneira. "As aeronaves eram abastecidas de forma clandestina no Paraná e em Santa Cararina. Depois seguiam para São Paulo", relata o delegado. Nas fazendas paulistas a droga era refinada e exportada para países europeus, além de distribuída para grandes revendedores em todo o Brasil.

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