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Acidentes com bagres, peixes dotados de potentes ferrões, assustam banhistas do litoral sul do estado de São Paulo. Desde o início do ano, seis pessoas precisaram de atendimento médico depois de sofrerem ferroadas do peixe.

O último caso aconteceu neste sábado (16), na praia do Boqueirão, em Santos. Antonio Ales Filho, de 66 anos, caminhava pela praia com a esposa quando pisou no peixe. Ele precisou passar por microcirurgia na Santa Casa da cidade para remover o ferrão. O bagre estava morto e foi levado à praia pela maré.

O primeiro caso ocorreu no dia 8, em Itanhaém. Uma banhista levou uma ferroada na barriga, quando nadava na Praia do Centro. O peixe ficou pendurado pelo ferrão. No dia seguinte, uma banhista foi ferida por um bagre no cotovelo.

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Outros dois casos, também em Itanhaém, foram registrados no dia 10, envolvendo uma funcionária pública e uma criança de 9 anos. O menino foi ferido no tornozelo quando nadava na região conhecida como Boca da Barra. Num dos casos, uma mulher se feriu ao pisar num saco de lixo em que o peixe tinha sido jogado. Ela sofreu uma infecção e teve de ser internada no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande.

Risco

De acordo com a bióloga Carolina Bertozzi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus do Litoral Paulista, acidentes com bagres são comuns e geralmente causados pela invasão do habitat das espécies, já que o peixe não ataca pessoas.

Muitos pescadores descartam esses animais quando recolhem as redes e eles morrem e são levados para as praias. Os ferrões, que representam risco mesmo após a morte, são dotados de serrilhas invertidas, que dificultam a retirada.

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