Mais um preso foi morto no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), o mesmo onde só no ano passado 59 detentos foram assassinados, sendo três decapitados na última rebelião, em dezembro.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, Josivaldo Pinheiro Lindoso, 35, que estava em Pedrinhas havia dois dias, foi estrangulado na madrugada de
Foi a primeira morte deste ano no complexo. Superlotado - tem capacidade para 1.700 homens, mas abriga 2.500 -, Pedrinhas registra cenas como estupros de mulheres de presos dentro da penitenciária, segundo relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), após visita ao local no dia 20.
O governo não soube informar o motivo da prisão de Lindoso e disse que o crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.
Na última sexta-feira, a Polícia Militar assumiu a segurança de cinco unidades prisionais do Estado. Apesar de agora a PM cuidar do presídio de Pedrinhas, o centro de triagem ainda está sob controle da Secretaria de Administração Penitenciária.
De acordo com o CPE (Comando de Policiamento Especializado da PM), além do presídio de Pedrinhas, a segurança é responsabilidade da PM na Central de Custódia de Presos de Justiça do Anil, no presídio São Luís 2, no Centro de Detenção Provisória e na Casa de Detenção.
No dia 31, a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança Pública fizeram uma inspeção surpresa em seis unidades prisionais e desarticularam um plano de rebelião.
Foram apreendidos 30 celulares e 200 armas artesanais. Apenas em Pedrinhas foram apreendidos 30 facas e sete celulares.Relatório
Após visitar o Complexo Prisional de Pedrinhas, em dezembro do ano passado, o juiz Douglas Martins, do CNJ, concluiu em relatório que o governo do Maranhão tem sido "incapaz" de coibir a violência.O documento foi entregue ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, que preside o conselho.
O relatório aponta excesso de presos. O complexo, projetado para 1.700 homens, abriga 2.500, segundo o CNJ.
Além disso, o conselho critica a mistura de presos da capital e do interior, o que motiva guerra entre facções.
O juiz também apontou que o ambiente do presídio é favorável à prática de estupros já que os encontros íntimos são feitos em ambientes coletivos.
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