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Investigação

Mais uma médica é indiciada em inquérito que apura mortes no Evangélico

Mais uma médica foi indiciada no inquérito que apura a ocorrência de homicídios na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba. Krissia Wallbach foi convocada a depor no Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa). A médica teria aparecido nos áudios gravados durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil. Krissia, que estava de férias no exterior, compareceu ao Nucrisa na segunda-feira (4). Mas, segundo o advogado dela, Jorge Timi, ela ainda não prestou nenhuma informação à polícia. "Ela se reservou ao direito de aguardar a liberação do inquérito para receber cópia das gravações e poder comentar o assunto", declarou.

O advogado ressaltou ainda que a médica não trabalhava na UTI do Evangélico quando ocorreram as mortes que estão sendo apuradas no inquérito da Polícia Civil. "Essas mortes ocorreram antes de março de 2012. Ela trabalhou no Hospital Evangélico entre abril de 2012 e janeiro de 2013." Segundo Time, qualquer médico que trabalhou na UTI durante a investigação, que teve início há um ano, pode ter sido citado nas gravações, e reforçou que ainda não teve acesso aos áudios e, por isso, não faria maiores comentários sobre o assunto. Segundo a polícia, não foi solicitada a prisão de Krissia porque o inquérito estava sendo concluído e não havia risco de a médica atrapalhar as investigações. Além de Krissia, foram indiciados a médica Virginia Helena Soares de Souza – que comandava a UTI -, Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva Junior e Anderson de Freitas, além da enfermeira Lais da Rosa Groff. Os cinco permanecem presos, à espera do julgamento de habeas corpus que tramita no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

O inquérito foi protocolado na Vara de Inquéritos Penais na noite de segunda-feira e está sendo analisado pelo Ministério Público Estadual, que tem prazo até a próxima segunda-feira para decidir se oferece a denúncia à Justiça. Polícia tem independência para investigar, diz Richa

O governador Beto Richa disse, nesta terça-feira (5), que a Polícia Civil do Paraná tem independência para investigar as suspeitas de homicídios no Hospital Evangélico de Curtiba. "Boa parte do que eu sei é pela imprensa, via depoimentos de vítimas, de familiares, é o que eu sei", disse. Segundo o governador, o poder judiciário está a par das investigações, assim como o Ministério Público. "Isso nos dá a tranquilidade de que a justiça será feita", reiterou.

Richa disse que não tem conhecimento detalhado das investigações, somente a polícia. "Confio no trabalho da polícia e inclusive os depoimentos que tenho visto na imprensa têm correspondido ao que a polícia tem passado de informações."

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