Um "mamaço" reuniu cerca de 50 mães na quinta-feira no Instituto Itaú Cultural da Avenida Paulista. O protesto ocorreu após, no fim de março, a dona de casa Marina Barão ter sido impedida de amamentar o filho por uma educadora do instituto que acompanhava crianças em uma mostra do artista plástico Leonílson.
"Meu filho estava chorando, tirei o peito para dar leite e ela me pediu gentilmente para sair dali. Disse que eu poderia amamentar na sala do bombeiro, mas estava fechada. Então, fiquei na escada", conta. O caso foi parar na internet, onde se espalhou rapidamente e virou manifesto (pacífico). Cerca de 50 mães estiveram no ato, seguido de performance.
O diretor do instituto, Eduardo Saron, explicou que houve ruído na comunicação. "Uma regra museológica estabelece que não é permitido comer no espaço da exposição. Faz parte dos cuidados para preservação das obras. A educadora não teve culpa, simplesmente entendeu que amamentar também é alimentar."
Depois de dizer que seu filho de oito meses não foi amamentado ("Minha mulher não teve leite"), Saron otimizou o "mamaço". Disse que o episódio serviu para ele rever a política de atendimento ao público, manifestou apoio ao evento e afirmou que está pensando em programação para esse público específico. "Vamos investir em contação de histórias e peças específicas para bebês."
Vários grupos de apoio à amamentação estavam representados. Como o Facebook retirou do ar uma foto em que Kalu Brum, do grupo Mamíferas, aparecia amamentando seu filho, algumas participantes do manifesto resolveram publicar imagens em que aparecem oferecendo o peito aos filhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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