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Uma mancha de óleo atingiu o lago do Parque Barigüi, ontem à tarde, em Curitiba. Para fazer os trabalhos de contenção e limpeza, uma equipe da Defesa Civil foi deslocada para o local. Segundo informações da Guarda Municipal, o óleo foi despejado irregularmente na galeria de água da chuva da Rua Cândido Hartmann, que desemboca no rio. A Defesa Civil não soube precisar a quantidade do material na água.

"Mas não foi uma quantidade significativa de óleo. O prejuízo ecológico, digamos, foi pequeno", disse o tenente Gilson Matos, da Defesa Civil. Barreiras de contenção foram instaladas no local em que a tubulação de chuva desemboca, na frente do Museu do Automóvel, para evitar que o óleo continuasse a se espalhar.

Parte do material poluente, porém, desceu o rio. Segundo o guarda municipal Josenei Santos do Rosário, que foi quem primeiro detectou a mancha, por volta das 14 horas, o cheiro e a cor escura reforçaram a suspeita de que o produto é óleo queimado, comumente encontrado em postos de combustíveis e oficinas mecânicas.

Uma equipe do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) coletou amostras para análise em laboratório. O objetivo é detectar a presença de material orgânico e o grau de toxicidade do óleo, segundo a engenheira química Ivonete Chaves, plantonista da Coordenadoria Estadual de Atendimento a Acidentes Ambientais do IAP. "Vamos fazer um exame de DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e o resultado deve sair em cinco dias", explicou. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente não informou se a quantidade de óleo na água representava risco aos peixes. "Não podemos falar nada", limitou-se a dizer José Carlos Mateus, técnico da secretaria.

No fim da tarde, um caminhão limpa-fossa era aguardado para iniciar a retirada do óleo, trabalho que deveria começar ainda na noite de ontem. Agentes da Defesa Civil tentaram localizar a origem do óleo observando os bueiros ao longo da Cândido Hartmann, mas não tiveram sucesso. A chuva fina dificultou o trabalho e a prioridade era conter o vazamento. Quem despejou o óleo pode ser responsabilizado criminalmente com base na Lei de Crimes Ambientais. "Temos suspeitas, mas por enquanto não temos nada confirmado", disse Matos.

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