As quatro comunidades que serão beneficiadas pela Unidade de Polícia Pacificadora da Mangueira, ocupada neste domingo pela polícia , terão cerca de 380 policiais, disse, na manhã desta segunda-feira, o coronel Robson Rodrigues, comandante das UPPs. Esse é o maior número de agentes empregados em uma UPP, superando a da Cidade de Deus, com 326 policiais, e o Morro do Borel, com 290. Apenas a instalação de uma UPP no Complexo do Alemão deve reunir mais homens, e pode chegar até mil agentes. De acordo com o comandante, a instalação da base de policiamento levará de 30 a 40 dias para ser concluída, possibilitando assim a inauguração da 18ª UPP da cidade. A definição do comando da unidade é outra etapa a ser finalizada:

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- Nos próximos dias, vamos definir o nome, que ainda está em fase de avaliação na minha coordenadoria - contou o comandante.

O chefe de Estado Maior administrativo da Polícia Militar, o coronel Carlos Milagres afirma que a ação da polícia no Complexo da Mangueira se concentra a partir desta segunda-feira na localização de armas, drogas e criminosos que ainda possam estar escondidos nas comunidades da Mangueira, Telégrafo, Parque Candelária e Tuiuti. O chefe Operacional do Estado Maior, coronel Álvaro Garcia, disse nesta segunda-feira, em entrevista ao RJTV, que a polícia recebeu informações de que os traficantes da Mangueira teriam fugido para comunidades da Baixada Fluminense e para a Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, antes da ocupação deste domingo.

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- Tem chegado informação de que estão na Baixada, mas um reduto muito forte é na Vila Kennedy. Existe a possibilidade de instalação de UPPs nestes locais onde estão os marginais - disse.

Apesar de não ter havido confronto ou prisões, o coronel afirmou que é preciso ocupar as comunidades com forte aparato militar.

- Sempre que formos prepara um local para a implantação da UPP é preciso o aparato de homens e armas, porque os bandidos fogem, mas alguns ficam. Temos que estar prontos para reprimir qualquer ação dos marginais.

O chefe de Estado Maior administrativo da Polícia Militar fala com tranquilidade sobre os traficantes que fugiram:

- Já temos vários dados que são checados com outros órgãos de inteligência do sistema de segurança, e, mais cedo ou mais tarde, a gente vai chegar a essas lideranças, com certeza.Polícia destrói cracolândia sob Viaduto da Mangueira

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Desde domingo, a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) já demoliu 15 construções irregulares ao longo da Avenida Visconde de Niterói, incluindo imóveis sob o Viaduto da Mangueira. Ali, nesta manhã, foi destruída uma cracolândia onde os agentes da Secretaria Municipal de Conservação encontraram móveis abandonados, vestígios de uso de crack e um dependente químico.

Marcos Vinicius de Oliveira, de 23 anos, assumiu ser usuário de crack e disse que estava na cracolândia há pelo menos dois dias. Segundo ele, não há como parar de usar a droga. Com a destruição da cracolândia, Marcos Vinicius disse que vai procurar outro lugar para consumir entorpecentes.

O secretário de Ordem Pública, Alex Costa, estima que 74 construções irregulares serão demolidas nas comunidades. Já a presidente da Comlurb, Angela Fonti, disse que somente neste domingo foram recolhidas 30 toneladas de entulho e lixo na região.

No início desta segunda-feira, alguns moradores comemoravam a nova UPP na Mangueira. Moradora da Rua Visconde de Niterói, próximo a localidade conhecida como Buraco Quente, Lindomar Soares, de 85 anos, que mora na comunidade desde que nasceu, estava otimista enquanto esperava na calçada a chegada do padeiro. Antes da chegada da UPP, ela temia quando o neto deixava sua casa para trabalhar. Moradores, que preferiram não se identificar, relataram que escutavam tiroteio na região até um mês atrás.

- Meu neto saía de casa às 4h. Agora a gente vai ter mais sossego. Se a UPP está sendo boa nos outros lugares, vai ser boa aqui também - disse Lindomar.

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