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Protesto da PF

A Polícia Federal do Paraná aderiu, praticamente de forma integral, à paralisação de 24 horas da categoria em todo o Brasil.

Aproximadamente 12 mil policiais federais de todo o Brasil aderiram ao movimento, de acordo com o sindicato. Esta é a a maior mobilização da história da categoria.Leia reportagem completa

Vinte pessoas no Paraná deixaram de ser presas nesta quarta-feira (18) por conta da greve da Polícia Federal em todo o Brasil. Os agentes da delegacia de Guaíra, no Oeste do estado, devem cumprir nesta quinta-feira os 20 mandados de prisão referentes a "Operação Cobra d'água", deflagrada na terça-feira e que prendeu 24 pessoas acusadas de integrar seis quadrilhas especializadas em contrabando de produtos do Paraguai para o Brasil, através do Rio Paraná.

Com a paralisação da PF, os agentes aproveitaram a quarta-feira para contabilizar todo o material apreendido - entre eles, 57 veículos (carros, motos, lanchas e barcos), 7,5 kg de esmeralda avaliada em mais de R$ 1 milhão, armas, munição, além de farta documentação.

De acordo com o delegado Luciano Flores de Lima, designado pela superintendência da PF em Curitiba para acompanhar a operação, a manifestação da categoria em todo o Brasil não compromete o desenrolar da operação. "Vamos cumprir todos os mandados de prisão. Os que não foram encontrados na terça-feira possivelmente souberam da operação da PF e fugiram", disse Lima. "Desta forma é remota as chances de prendê-los amanhã (quinta-feira)", completou.

Segundo o delegado, o próximo passo da operação é prender cerca de 10 pessoas que residem no Paraguai e que teriam ligação com as quadrilhas desarticuladas na terça-feira. "Vamos, por meio da Interpol, fazer contato com a polícia paraguaia para prender essas outras pessoas", disse. "No último fim de semana não prendemos eles por pouco. Eles estavam no lado brasileiro do Rio Paraná, mas quando viram os barcos da PF conseguiram fugir", completa o delegado.

A Operação

No início da manhã de terça-feira, cerca de 280 agentes da PF se mobilizaram para cumprir 57 mandados de busca e apreensão e 46 mandados de prisão preventivas. A ação da PF aconteceu simultaneamente em Guaíra, Altônia, Umuarama, Loanda, Goioerê e Tuneiras do Oeste, e no município de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.

Entre os presos está o sargento Alfredo Turman, da Polícia Militar Ambiental de Mundo Novo, no estado do Mato Grosso do Sul, que cobrava propina para liberar embarcações com contrabando. Os principais líderes das quadrilhas também foram presos, entre eles, Milton Reberti Pedrini que chefiava um grupo responsável pelo transporte de mais de 250 mil caixas de cigarro paraguaio para o Brasil - com o lucro de cerca de R$ 20 milhões.

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