A paralisação realizada ontem por professores e servidores da rede estadual de ensino teve a adesão de 90% dos 100 mil profissionais, afetando boa parte das aulas dos 1,3 milhão de alunos do estado. A estimativa foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato). Segundo a APP, docentes e servidores vão esperar até 2 de maio para decidir se entrarão ou não em greve. Para esse dia está marcada uma reunião com o governo em que será negociada uma série de reivindicações da categoria.
A mobilização dos professores contou com manifestações em todo o estado. Em Curitiba, 500 pessoas fizeram um ato em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.
O governo estadual já aceitou aplicar o reajuste de 19,55% aos salários dos docentes em parcelas nos meses de maio, julho e outubro. Com isso, o piso salarial no estado chegará a R$ 1.463,28, valor um pouco acima do piso nacional, que é de R$ 1.451. A APP Sindicato, no entanto, afirma que a categoria quer ainda um aumento salarial de 14,13% para os demais funcionários das escolas e a implantação da hora-atividade prevista na Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei n.º 11.738 de 2008), que determina que um terço da jornada de trabalho dos professores seja reservada para capacitação dos educadores e preparo das aulas.