Atualizado em 13/11/2006 à 17h55
Uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na frente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, mantém interditado o trânsito na Rua Dr. Faivre, entre as Avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava, desde a manhã desta segunda-feira (13).
De acordo com a assessoria de comunicação do Incra, cerca de 350 pessoas participam da manifestação. Oito ônibus estão estacionados nas proximidades do Incra, o que deixou o trânsito parado. Durante a tarde, os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicações para o superintendente do órgão no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda. O documento, ainda segundo a assessoria, será encaminhado para Brasília, já que muitas das reivindicações competem ao governo federal.
O órgão promete para os próximos dias uma resposta sobre a possibilidade de desapropriação de propriedades listadas pelo MST.
Os integrantes do movimento vão ficar acampados e não têm previsão para sair do local. São aguardados mais ônibus com manifestantes para se juntarem ao acampamento. De acordo com Ademilson Riso, de Ortigueira, interior do Paraná, integrante do MST, por enquanto eles estão se organizando. "Já chegaram cerca de 500 pessoas, mas vai chegar mais gente ainda", afirmou Riso.
Os sem-terra reivindicam o assentamento das famílias acampadas no estado e a atualização dos índices de produtividades, para agilizar o processo de desapropriação das áreas.
O MST também cobra do governo Lula a mudança da política econômica, pois acredita que dentro do atual modelo é impossível fazer a reforma agrária e resolver o problema da distribuição de renda no Brasil. Os manifestantes também negociam com o governo do estado a ampliação das Escolas Itinerantes nos acampamentos do MST.