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Professores da rede municipal de ensino fizeram um protesto em frente à prefeitura de Curitiba na manhã desta quinta-feira (15). Os servidores que participaram da manifestação lecionam nas 11 escolas da prefeitura de 5ª a 8ª série. As aulas do turno da manhã foram encerradas às 10 horas e os alunos foram dispensados. Segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), cerca de 300 docentes estiveram na manifestação. Já a prefeitura afirma que havia cerca de 80 docentes no local.

De acordo com a diretora do Sindicato, Andressa Fochesapto, a categoria reivindica a contratação de professores, que 33% do expediente de trabalho possa ser utilizado para o planejamento das aulas e que a hora-aula seja de 50 minutos.

Vinte professores e membros do Sismmac foram recebidos por representantes da Secretaria Municipal de Educação, incluindo a secretária Liliane Casagrande Sabbag, no fim da manhã. Participaram da reunião a superintendente de Gestão Educacional da Secretaria Municipal da Educação, Raquel Simas, e a coordenadora de Estrutura e Funcionamento de Ensino, Eliane Zaions; a superintendente da Secretaria de Recursos Humanos Lia Paludo; a procuradora de Recursos Humanos de Curitiba, Vera Sigwalt Bittencourt; e o representante da Secretaria do Governo Francisco Nogueira.

O sindicato informou que não houve acordo e que as negociações com a prefeitura continuam. A assessoria de imprensa da secretaria informou que os professores apresentaram uma pauta com algumas reivindicações e que este foi o início de uma negociação, que vai envolver outros setores, como a procuradoria do município e o setor de recursos humanos.

Segundo Raquel Simas, superintendente de Gestão Educacional da Secretaria Municipal da Educação, os professores que saem da rede pública em caso de aposentadoria ou exoneração são substituídos por outros que já passaram por concurso. Já em relação a contratação de mais profissionais, a questão está em aberto por conta da alteração na questão da hora-atividade, determinada por lei federal cujo acórdão foi publicado no fim do mês de agosto. "Atualmente, 20% da carga horária dos professores é destinada ao planejamento. Com a alteração, passa a ser um terço. A prefeitura está fazendo a regulamentação da lei e estuda qual será o impacto, quantos novos profissionais terão de ser contratados para que a carga horária de 200 dias letivos seja mantida", explica.

Ainda de acordo com a superindentende, a prefeitura está estudando desde o início do ano quais adequações poderiam ser feitas caso a alteração na carga horária fosse aprovada. "Convidamos inclusive o sindicato e os professores para compor um grupo de estudos sobre os impactos, que também vão afetar o orçamento", diz.

A prefeitura ainda não definiu nenhuma medida, mas vai continuar negociando com os professores.

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